FMI afirma que o rápido crescimento das stablecoins e a existência de regras desiguais estão a aumentar as divisões regulatórias globais.
A Lei GENIUS dos EUA e o MiCA da UE criam pools de liquidez separados e intensificam a divisão do mercado.
As principais stablecoins detêm grandes reservas em Treasuries, levantando preocupações sobre riscos de concentração.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que as stablecoins estão a crescer muito rapidamente, mas as regras criadas para as gerir não estão a acompanhar o ritmo. Num novo relatório intitulado “Compreender as Stablecoins”, publicado na quinta-feira, o FMI analisou se as regulamentações atuais conseguem realmente controlar os riscos associados a estas moedas digitais.
O FMI estudou como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão e a União Europeia regulam as stablecoins. Referiu que, embora as novas regras possam ajudar a reduzir riscos financeiros, a regulamentação continua muito diferente de país para país.
O FMI acrescentou que as stablecoins podem tornar os serviços financeiros mais acessíveis e incentivar a inovação. No entanto, também podem causar problemas, como a substituição de moedas locais e o aumento da volatilidade do mercado.
O relatório destacou ainda que as stablecoins operam em várias blockchains e plataformas de negociação diferentes. Este crescimento rápido em sistemas separados pode tornar os processos menos eficientes e criar desafios para a movimentação de dinheiro além-fronteiras. Além disso, as diferenças regulatórias entre países podem alargar a divisão entre mercados globais e dificultar a cooperação internacional.
O relatório observou que as maiores stablecoins, USDT da Tether e USDC da Circle, detêm reservas significativas em Treasuries de curto prazo dos EUA e depósitos bancários. Cerca de 40% das reservas do USDC e 75% das reservas do USDT são compostas por Treasuries de curto prazo, sendo que o USDT detém também 5% em Bitcoin.
Divisão Regulamentar entre EUA e UE
A Lei GENIUS dos Estados Unidos, assinada pelo antigo presidente Donald Trump, estipula agora requisitos rigorosos de reserva, proíbe stablecoins com rendimento e integra formalmente os emissores no sistema financeiro.
Como resultado, a regulamentação nos EUA trouxe clareza para os emissores, mas também provocou uma divisão em relação ao regime MiCA da União Europeia. O relatório mais recente da CertiK destaca que esta divergência está a fragmentar a liquidez global, criando pools de stablecoins separados nos EUA e na UE.
Além disso, as regras MiCA obrigam os bancos sediados na UE a manter reservas substanciais, podendo introduzir riscos sistémicos. Paolo Ardoino, CEO da Tether, alertou que “sob o sistema de reservas fracionárias, os bancos normalmente emprestam uma parte considerável dos seus depósitos”, o que pode aumentar a instabilidade.
Coordenação Global e Implicações de Mercado
A cooperação internacional é essencial, de acordo com o FMI. Para colmatar deficiências na supervisão, está a trabalhar com o Banco de Pagamentos Internacionais e o Conselho de Estabilidade Financeira. Uma regulamentação harmonizada pode evitar a arbitragem transfronteiriça e garantir que a liquidez das stablecoins flua de forma eficaz, além de reduzir riscos financeiros.
No entanto, a fragmentação regulatória já aponta para um mercado global segmentado, o que pode complicar as transações e aumentar os custos para emissores e utilizadores.
O artigo FMI Sinaliza Riscos Globais das Stablecoins em Meio a Divisão Regulamentar aparece no Crypto Front News. Visite o nosso site para ler mais artigos interessantes sobre criptomoedas, tecnologia blockchain e ativos digitais.
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FMI Sinaliza Riscos Globais das Stablecoins em Meio a Divergências Regulatórias
FMI afirma que o rápido crescimento das stablecoins e a existência de regras desiguais estão a aumentar as divisões regulatórias globais.
A Lei GENIUS dos EUA e o MiCA da UE criam pools de liquidez separados e intensificam a divisão do mercado.
As principais stablecoins detêm grandes reservas em Treasuries, levantando preocupações sobre riscos de concentração.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que as stablecoins estão a crescer muito rapidamente, mas as regras criadas para as gerir não estão a acompanhar o ritmo. Num novo relatório intitulado “Compreender as Stablecoins”, publicado na quinta-feira, o FMI analisou se as regulamentações atuais conseguem realmente controlar os riscos associados a estas moedas digitais.
O FMI estudou como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão e a União Europeia regulam as stablecoins. Referiu que, embora as novas regras possam ajudar a reduzir riscos financeiros, a regulamentação continua muito diferente de país para país.
O FMI acrescentou que as stablecoins podem tornar os serviços financeiros mais acessíveis e incentivar a inovação. No entanto, também podem causar problemas, como a substituição de moedas locais e o aumento da volatilidade do mercado.
O relatório destacou ainda que as stablecoins operam em várias blockchains e plataformas de negociação diferentes. Este crescimento rápido em sistemas separados pode tornar os processos menos eficientes e criar desafios para a movimentação de dinheiro além-fronteiras. Além disso, as diferenças regulatórias entre países podem alargar a divisão entre mercados globais e dificultar a cooperação internacional.
O relatório observou que as maiores stablecoins, USDT da Tether e USDC da Circle, detêm reservas significativas em Treasuries de curto prazo dos EUA e depósitos bancários. Cerca de 40% das reservas do USDC e 75% das reservas do USDT são compostas por Treasuries de curto prazo, sendo que o USDT detém também 5% em Bitcoin.
Divisão Regulamentar entre EUA e UE
A Lei GENIUS dos Estados Unidos, assinada pelo antigo presidente Donald Trump, estipula agora requisitos rigorosos de reserva, proíbe stablecoins com rendimento e integra formalmente os emissores no sistema financeiro.
Como resultado, a regulamentação nos EUA trouxe clareza para os emissores, mas também provocou uma divisão em relação ao regime MiCA da União Europeia. O relatório mais recente da CertiK destaca que esta divergência está a fragmentar a liquidez global, criando pools de stablecoins separados nos EUA e na UE.
Além disso, as regras MiCA obrigam os bancos sediados na UE a manter reservas substanciais, podendo introduzir riscos sistémicos. Paolo Ardoino, CEO da Tether, alertou que “sob o sistema de reservas fracionárias, os bancos normalmente emprestam uma parte considerável dos seus depósitos”, o que pode aumentar a instabilidade.
Coordenação Global e Implicações de Mercado
A cooperação internacional é essencial, de acordo com o FMI. Para colmatar deficiências na supervisão, está a trabalhar com o Banco de Pagamentos Internacionais e o Conselho de Estabilidade Financeira. Uma regulamentação harmonizada pode evitar a arbitragem transfronteiriça e garantir que a liquidez das stablecoins flua de forma eficaz, além de reduzir riscos financeiros.
No entanto, a fragmentação regulatória já aponta para um mercado global segmentado, o que pode complicar as transações e aumentar os custos para emissores e utilizadores.
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