Source: Exame
Original Title: Novo líder do Mercado Bitcoin no Brasil quer ‘ir além de exchange’ sem perder essência cripto
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Ir além de uma exchange sem perder a essência do mundo das criptomoedas. Esse é o grande objetivo de Lucas Lopes ao assumir a presidência da operação do Mercado Bitcoin no Brasil. Em entrevista, o executivo destacou que a corretora, uma das mais antigas do mercado brasileiro, quer oferecer mais serviços financeiros aos seus clientes.
Antes de chegar à empresa, Lopes atuou como líder de Produtos em uma instituição financeira, com foco em crédito. “O meu histórico não é de cripto, mas sim do ramo financeiro. Minha parte sempre foi muito mais focada na área de crédito, modelo de risco, cobrança, e o mundo cripto é algo recente para mim”, comenta.
“Eu já tinha ouvido falar de cripto no passado, todo mundo conhece bitcoin e tudo mais, mas, nos últimos meses, quando começaram as conversas, me interessou muito a indústria. O modelo do blockchain já se provou, foi além de apenas um hype, e historicamente é um modelo que vem em crescente constante”, destaca.
Mudanças e metas do Mercado Bitcoin
Lopes também chega ao Mercado Bitcoin com novas metas ousadas da empresa. Segundo o executivo, os dois grandes objetivos são de expandir significativamente o número de usuários e o volume transacionado na plataforma. No primeiro caso, a meta é crescer a base de usuários em mais de seis vezes, passando dos 4 milhões atuais para 25 milhões até 2030.
O executivo classifica a meta como uma “massificação” da plataforma no Brasil. Além disso, o outro objetivo do Mercado Bitcoin é expandir o seu volume transacionado para R$ 400 bilhões até 2030. Se as duas metas se concretizarem, a receita da empresa saltaria 10 vezes nos próximos cinco anos.
Para isso, Lopes afirma que a empresa precisa “ir além de ser apenas uma exchange, de compra e venda de ativos”, oferecendo novos produtos e serviços para os clientes. “O primeiro ponto, mais simples, é ter uma experiência no app mais intuitiva”, destaca.
“Historicamente, as exchanges ficaram famosas porque no passado era difícil até para comprar cripto, por questões de acesso, armazenamento. A exchange tira esse problema do usuário de conseguir investir em cripto, mas a evolução é entender qual é o próximo passo delas. É sobre como ir além, e agora o foco está na parte de banking, porque tem várias oportunidades aí”, comenta.
Entre os novos serviços que estão no radar do Mercado Bitcoin estão a área de crédito, com o uso de criptoativos como garantia em empréstimos. Outra área é a de pagamentos, com foco nas stablecoins, criptomoedas pareadas a outros ativos, e a possibilidade de lançamento de um cartão com uso de stablecoins.
O objetivo final de Lopes é transformar o aplicativo da empresa em um “app de banking no mundo cripto. Em que as pessoas vão entender que, ao colocar dinheiro lá, ele vai render mais, ter um benefício maior, e tudo isso de forma simples. A gente precisa fazer de forma simples para o usuário, para ele entender que tem mais benefício”.
Próximos passos
Em 2026, Lopes afirma que o foco do Mercado Bitcoin estará no desenvolvimento de produtos, que devem surgir como o principal diferencial para a atração de novos clientes. Ele reforça que há um grande potencial de expansão dessa base.
“Se olha o mercado cripto, pessoas que já estão aderentes a cripto, você atinge um determinado nível de mercado que é o que estamos tentando atacar. Mas tem um outro mundo lá fora, de pessoas que não entendem desse mundo mas investem, usam serviços financeiros e poderiam muito bem usar os nossos serviços, e aí que abre muito mais o leque”, explica.
O executivo reconhece que a concorrência com outras exchanges que atuam no Brasil e bancos é o “grande desafio” da empresa. E ele acredita que a competição com bancos é especialmente difícil. “Por que sair do ambiente que está acostumado para vir para o MB? E aí é que está o ponto de que a gente tem que ter um diferencial, ofertar algo que os outros não ofertam, e a partir do momento que traz o cliente por isso, você começa a criar um ecossistema”.
Com isso, o Mercado Bitcoin espera ser o “primeiro app do usuário” para finanças. Mas sem abandonar o mundo das criptomoedas: “Nossa essência é cripto. É diferente de um banco tradicional que está tentando adicionar isso. Então o esforço é para pessoa vir para cá, entender e ver as vantagens e diferenciais. Não podemos perder a essência de cripto.”
“A grande meta para daqui a 1 ano é ter esses novos produtos implementados. Quero muito ter um app mais intuitivo para o usuário e implementado, em que a pessoa entra e não sai. Métricas como NPS, churn e clientes transacionando serão o foco de 2026. E nos próximos anos, o foco será de escalar números de usuários, massificar”.
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MissedAirdropBro
· 12-02 04:06
Hã? Mais uma vez a "não perder a essência", já estou farto desse discurso... Se realmente conseguissem fazer isso, seria uma habilidade.
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GasGuzzler
· 12-02 02:00
Mercado Bitcoin quer expandir... mas tipo, será que consegue manter a vibe descentralizada? Tá complicado demais pra isso 🤔
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ForumMiningMaster
· 12-02 01:45
A exchange quer expandir, mas tem medo de perder a fé, esse equilíbrio é realmente difícil.
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SignatureCollector
· 12-02 01:44
Esse novo líder é interessante, conseguirá manter a sua essência? Trocar de pessoa facilmente leva a jogar com truques.
Novo líder do Mercado Bitcoin no Brasil quer 'ir além de exchange' sem perder essência cripto
Source: Exame Original Title: Novo líder do Mercado Bitcoin no Brasil quer ‘ir além de exchange’ sem perder essência cripto Original Link: Ir além de uma exchange sem perder a essência do mundo das criptomoedas. Esse é o grande objetivo de Lucas Lopes ao assumir a presidência da operação do Mercado Bitcoin no Brasil. Em entrevista, o executivo destacou que a corretora, uma das mais antigas do mercado brasileiro, quer oferecer mais serviços financeiros aos seus clientes.
Antes de chegar à empresa, Lopes atuou como líder de Produtos em uma instituição financeira, com foco em crédito. “O meu histórico não é de cripto, mas sim do ramo financeiro. Minha parte sempre foi muito mais focada na área de crédito, modelo de risco, cobrança, e o mundo cripto é algo recente para mim”, comenta.
“Eu já tinha ouvido falar de cripto no passado, todo mundo conhece bitcoin e tudo mais, mas, nos últimos meses, quando começaram as conversas, me interessou muito a indústria. O modelo do blockchain já se provou, foi além de apenas um hype, e historicamente é um modelo que vem em crescente constante”, destaca.
Mudanças e metas do Mercado Bitcoin
Lopes também chega ao Mercado Bitcoin com novas metas ousadas da empresa. Segundo o executivo, os dois grandes objetivos são de expandir significativamente o número de usuários e o volume transacionado na plataforma. No primeiro caso, a meta é crescer a base de usuários em mais de seis vezes, passando dos 4 milhões atuais para 25 milhões até 2030.
O executivo classifica a meta como uma “massificação” da plataforma no Brasil. Além disso, o outro objetivo do Mercado Bitcoin é expandir o seu volume transacionado para R$ 400 bilhões até 2030. Se as duas metas se concretizarem, a receita da empresa saltaria 10 vezes nos próximos cinco anos.
Para isso, Lopes afirma que a empresa precisa “ir além de ser apenas uma exchange, de compra e venda de ativos”, oferecendo novos produtos e serviços para os clientes. “O primeiro ponto, mais simples, é ter uma experiência no app mais intuitiva”, destaca.
“Historicamente, as exchanges ficaram famosas porque no passado era difícil até para comprar cripto, por questões de acesso, armazenamento. A exchange tira esse problema do usuário de conseguir investir em cripto, mas a evolução é entender qual é o próximo passo delas. É sobre como ir além, e agora o foco está na parte de banking, porque tem várias oportunidades aí”, comenta.
Entre os novos serviços que estão no radar do Mercado Bitcoin estão a área de crédito, com o uso de criptoativos como garantia em empréstimos. Outra área é a de pagamentos, com foco nas stablecoins, criptomoedas pareadas a outros ativos, e a possibilidade de lançamento de um cartão com uso de stablecoins.
O objetivo final de Lopes é transformar o aplicativo da empresa em um “app de banking no mundo cripto. Em que as pessoas vão entender que, ao colocar dinheiro lá, ele vai render mais, ter um benefício maior, e tudo isso de forma simples. A gente precisa fazer de forma simples para o usuário, para ele entender que tem mais benefício”.
Próximos passos
Em 2026, Lopes afirma que o foco do Mercado Bitcoin estará no desenvolvimento de produtos, que devem surgir como o principal diferencial para a atração de novos clientes. Ele reforça que há um grande potencial de expansão dessa base.
“Se olha o mercado cripto, pessoas que já estão aderentes a cripto, você atinge um determinado nível de mercado que é o que estamos tentando atacar. Mas tem um outro mundo lá fora, de pessoas que não entendem desse mundo mas investem, usam serviços financeiros e poderiam muito bem usar os nossos serviços, e aí que abre muito mais o leque”, explica.
O executivo reconhece que a concorrência com outras exchanges que atuam no Brasil e bancos é o “grande desafio” da empresa. E ele acredita que a competição com bancos é especialmente difícil. “Por que sair do ambiente que está acostumado para vir para o MB? E aí é que está o ponto de que a gente tem que ter um diferencial, ofertar algo que os outros não ofertam, e a partir do momento que traz o cliente por isso, você começa a criar um ecossistema”.
Com isso, o Mercado Bitcoin espera ser o “primeiro app do usuário” para finanças. Mas sem abandonar o mundo das criptomoedas: “Nossa essência é cripto. É diferente de um banco tradicional que está tentando adicionar isso. Então o esforço é para pessoa vir para cá, entender e ver as vantagens e diferenciais. Não podemos perder a essência de cripto.”
“A grande meta para daqui a 1 ano é ter esses novos produtos implementados. Quero muito ter um app mais intuitivo para o usuário e implementado, em que a pessoa entra e não sai. Métricas como NPS, churn e clientes transacionando serão o foco de 2026. E nos próximos anos, o foco será de escalar números de usuários, massificar”.