O banco central do Uruguai está a traçar um percurso para reduções significativas das taxas de juro ao longo do próximo ano. A estratégia visa estabilizar a inflação em torno do objetivo de 4,5%—uma meta que tem sido difícil de alcançar recentemente. Como? Ao impulsionar simultaneamente o crescimento económico enquanto permite que a depreciação da moeda faça a sua magia.
O presidente Guillermo Tolosa apresentou este quadro durante uma sessão de sexta-feira em Montevidéu. É uma jogada clássica de mandato duplo: estimular a atividade doméstica através de custos de empréstimo mais baixos enquanto se deixa uma moeda mais fraca aumentar a competitividade das exportações. A lógica é simples—dinheiro mais barato alimenta o consumo e o investimento, enquanto um peso mais fraco torna os bens uruguaios mais atraentes internacionalmente.
Para os observadores macro, isto sinaliza uma potencial mudança na política monetária regional. Enquanto as economias desenvolvidas mantêm taxas mais altas, mercados emergentes como o Uruguai estão a seguir na direção oposta. Esta divergência importa para a alocação de ativos e fluxos de capital, especialmente para aqueles que acompanham como as mudanças de política tradicionais podem reverberar através dos ativos de risco.
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LonelyAnchorman
· 7h atrás
Redução de juros e desvalorização, parece uma luta de braço... Essa tática na América do Sul já é um tema recorrente.
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Degen4Breakfast
· 7h atrás
A jogada de redução de juros voltou, desta vez o Uruguai quer salvar as exportações com desvalorização? Parece que a estratégia é igual à da Tailândia no ano passado...
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potentially_notable
· 7h atrás
Redução de juros + desvalorização, esta jogada do Uruguai é um pouco interessante... só tenho medo que depois a inflação importada volte a incomodar
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BearMarketHustler
· 7h atrás
Esta combinação de redução de juros + desvalorização parece um pouco de jogo de azar... O pessoal do mundo das criptomoedas tem mais medo dessas ações do banco central, pois podem facilmente levar a uma nova onda de inflação.
A lógica do Tolosa parece boa, mas será que a desvalorização cambial dos mercados emergentes realmente pode ser controlada? Parece que pode sair do controle facilmente.
A política de reduzir juros para estimular o consumo já foi tentada muitas vezes nos mercados emergentes... E no final, o que aconteceu?
Estou meio curioso para ver se essa jogada do Uruguai vai acabar se voltando contra eles.
Os bancos centrais da América do Sul realmente gostam de brincar com essa tática de "operação contrária": países desenvolvidos reduzem a liquidez, nós aumentamos... Parece descontraído, mas na verdade é uma armadilha.
O banco central do Uruguai está a traçar um percurso para reduções significativas das taxas de juro ao longo do próximo ano. A estratégia visa estabilizar a inflação em torno do objetivo de 4,5%—uma meta que tem sido difícil de alcançar recentemente. Como? Ao impulsionar simultaneamente o crescimento económico enquanto permite que a depreciação da moeda faça a sua magia.
O presidente Guillermo Tolosa apresentou este quadro durante uma sessão de sexta-feira em Montevidéu. É uma jogada clássica de mandato duplo: estimular a atividade doméstica através de custos de empréstimo mais baixos enquanto se deixa uma moeda mais fraca aumentar a competitividade das exportações. A lógica é simples—dinheiro mais barato alimenta o consumo e o investimento, enquanto um peso mais fraco torna os bens uruguaios mais atraentes internacionalmente.
Para os observadores macro, isto sinaliza uma potencial mudança na política monetária regional. Enquanto as economias desenvolvidas mantêm taxas mais altas, mercados emergentes como o Uruguai estão a seguir na direção oposta. Esta divergência importa para a alocação de ativos e fluxos de capital, especialmente para aqueles que acompanham como as mudanças de política tradicionais podem reverberar através dos ativos de risco.