A bolsa brasileira em 2025 oferece uma janela rara para investidores que entendem a diferença entre “barato” e “oportunidade”. Enquanto muitos focam apenas em preços baixos, os investidores mais experientes buscam ações negociadas significativamente abaixo de seu valor patrimonial — um sinal de que o mercado ainda não precificou corretamente o potencial das empresas.
A retomada de setores como construção civil, energia e varejo criou um cenário onde dezenas de companhias estão disponíveis com descontos substanciais. O desafio agora é separar o joio do trigo: diferenciar entre ações baratas porque realmente estão descontadas daquelas que são baratas porque merecem estar.
Por Que 2025 é o Ano das Oportunidades em Ações Baratas
Investir em ações baratas com potencial de crescimento não é apenas uma questão de economizar capital. É uma estratégia que oferece três vantagens simultâneas:
Multiplicação de retorno — Empresas pequenas ou em recuperação possuem espaço de crescimento exponencial. Uma ação que sobe de R$1 para R$3 gera 200% de retorno; uma de R$50 para R$75 gera apenas 50%. O percentual de ganho é proporcionalmente maior em papéis mais acessíveis.
Entrada com menores riscos financeiros — Diversificação real só acontece quando você consegue alocar capital em múltiplas posições sem comprometer seu patrimônio. Ações baratas permitem que você monte um portfólio com 10, 15 ou 20 posições diferentes, reduzindo significativamente o risco idiossincrático.
Aprendizado acelerado — Papéis menos seguidos pela indústria exigem análise fundamental mais profunda. Quem investe em ações baratas é forçado a estudar demonstrações financeiras, entender dinâmicas setoriais e acompanhar notícias com rigor. Isso desenvolve habilidades que pagam dividendos ao longo de toda a carreira como investidor.
Os 20 Papéis Mais Descontados da B3 em Janeiro de 2025
A métrica mais confiável para identificar ações verdadeiramente baratas é o P/VPA (Preço sobre Valor Patrimonial por Ação). Quando uma empresa é negociada com P/VPA baixo, significa que o mercado está pagando pouco pelo patrimônio líquido da companhia — um possível sinal de desvalorização.
Confira o ranking completo:
Posição
Ticker
Empresa
Setor
P/VPA
1º
PDGR3
PDG Realty ON
Construção Civil
0,00
2º
AMER3
Americanas ON
Comércio
0,05
3º
HBOR3
Helbor ON
Construção Civil
0,15
4º
HBRE3
HBR Realty ON
Imobiliário
0,19
5º
GOAU3
Metalúrgica Gerdau
Siderurgia e Metalurgia
0,20
6º
PCAR3
Pão de Açúcar ON
Varejo
0,21
7º
MRFG3
Marfrig ON
Alimentos
0,23
8º
SYNE3
SYN Prop Tech ON
Imobiliário
0,26
9º
VIIA3
Via ON
Comércio/Varejo
0,27
10º
AURE3
Auren Energia ON
Energia Elétrica
0,30
11º
PFRM3
Profarma ON
Distribuição Farmacêutica
0,36
12º
LUPA3
Lupatech ON
Petróleo e Gás
0,39
13º
TRAD3
TC ON
Serviços Financeiros
0,39
14º
GFSA3
Gafisa ON
Construção Civil
0,41
15º
USIM3
Usiminas ON
Siderurgia
0,41
16º
COGN3
Cogna ON
Educação
0,41
17º
ESPA3
Espaçolaser ON
Serviços Estéticos
0,41
18º
IFCM3
Infracommerce ON
E-commerce e Logística
0,42
19º
MBLY3
Mobly ON
E-commerce de Móveis
0,43
20º
MLAS3
Multilaser ON
Eletroeletrônicos
0,43
Os 5 Principais Casos de Estudo em 2025
PDG Realty (PDGR3): A Reconstrução de Valor
Com P/VPA de 0,00, a PDG Realty é o case mais extremo do mercado. A empresa passou por reestruturação significativa, e seu preço reflete ceticismo do mercado. Porém, isso também significa que qualquer sinal de recuperação operacional pode gerar ganhos monumentais. Investidores que entendem o setor de construção civil apontam sinais positivos nas margens e no fluxo de caixa.
Americanas (AMER3): Do Vale da Morte à Recuperação
Após a recuperação judicial em 2023, AMER3 retornou ao pregão com nova estrutura de custos e foco digital. O P/VPA de 0,05 reflete ainda o histórico recente, mas números operacionais melhoraram consistentemente. A empresa está em transição, e papéis em transição tendem a ser os mais baratos — e potencialmente os mais rentáveis.
A construtora opera em múltiplas frentes do mercado imobiliário com indicadores operacionais sólidos. Mesmo com desconto de P/VPA de 0,15, a empresa mantém disciplina financeira e geração de caixa. É um exemplo clássico de ação barata porque o mercado está pessimista com o setor, não com a companhia especificamente.
HBR Realty (HBRE3): Exposição ao Mercado Corporativo
Focada em imóveis corporativos e logísticos, HBR Realty segue expandindo sua base de ativos. Com P/VPA de 0,19 e presença forte em segmentos de alta demanda, oferece diversificação para quem deseja exposição ao setor imobiliário sem apostar tudo em construção civil residencial.
Gerdau (GOAU3): Siderurgia na Retomada da Infraestrutura
A metalúrgica se beneficia diretamente de ciclos de infraestrutura no país. Com lucros consistentes e P/VPA de apenas 0,20, GOAU3 representa uma tese simples: investir em uma empresa lucrativa que está sendo ignorada pelo mercado por razões conjunturais, não por problemas estruturais.
Além da Tabela: Ações Abaixo de R$10 que Chamam Atenção
Além do P/VPA, outro filtro utilizado por investidores de crescimento é o preço nominal da ação abaixo de R$10. Essa métrica não é fundamental, mas oferece liquidez e acessibilidade:
Serena Energia (SRNA3) — Foco em energia renovável
Marfrig (MRFG3) — Líder em alimentos
Gafisa (GFSA3) — Construção civil
Mobly (MBLY3) — E-commerce de móveis
Multilaser (MLAS3) — Eletroeletrônicos
Essas companhias atuam em setores variados, permitindo verdadeira diversificação de portfólio sem necessidade de capital elevado.
Os Indicadores Que Diferenciam Oportunidades Reais
Preço baixo sozinho não garante retorno. Antes de investir em ações baratas com potencial de crescimento, avalie rigorosamente:
P/VPA e P/L — Compare o múltiplo da ação com a média histórica da empresa e do setor. Se GOAU3 negocia com P/VPA de 0,20 enquanto sua média histórica é 0,60, há indicação de desvalorização real.
Dívida/EBITDA e Fluxo de Caixa — Uma ação barata porque está quebrada é armadilha, não oportunidade. Verifique se a empresa gera fluxo de caixa suficiente para cobrir suas obrigações.
ROE (Retorno sobre o Patrimônio) — Empresas com ROE elevado negociadas com P/VPA baixo são as melhores combinações. Significam que a empresa é lucrativa, mas o mercado não acredita em continuidade.
Governança e Administração — Decisões recentes sobre reestruturação, fusões ou mudanças de liderança indicam direção futura. PDG Realty e Americanas estão sob novo comando — isso pode ser positivo ou negativo dependendo do histórico.
O Cenário Setorial em 2025
A construção civil se destaca com múltiplas oportunidades: PDG Realty, Helbor, Gafisa e HBR Realty figuram entre as mais baratas justamente porque o setor sofreu com juros altos e desemprego. Com sinais de melhoria, esses papéis podem recuperar valor rapidamente.
Varejo e comércio (Americanas, Via, Pão de Açúcar) vivem transição de modelo de negócio. Ações baratas refletem incerteza, não morte do setor.
Siderurgia (Gerdau, Usiminas) segue dependente de ciclo de infraestrutura, mas com lucros mantidos oferece margem de segurança.
Estratégia de Investimento em Ações Baratas
Para Iniciantes — Escolha 5 a 7 ações da lista, aloque capital igualmente, e revise a cada trimestre conforme divulgação de resultados. O objetivo é aprender.
Para Intermediários — Pesquise 3 setores específicos, escolha 2 ações por setor, e aplique análise fundamental rigorosa. Busque empresas com P/VPA baixo MAS com ROE positivo.
Para Avançados — Identifique catalisadores específicos (reestruturação, mudança de CEO, novo contrato). Ações baratas com catalisadores próximos são ouro puro.
Conclusão: O Timing Importa, Mas a Análise Mais
Investir em ações baratas com potencial de crescimento em 2025 exige equilíbrio entre oportunismo e prudência. O mercado oferece dezenas de papéis descontados, mas nem todos se recuperarão. Os que o fizerem podem multiplicar seu capital significativamente.
A chave está em entender POR QUE a ação está barata. Se é barata porque a empresa está quebrando, fuja. Se é barata porque o mercado está pessimista com o setor, mas a empresa específica é sólida, ali existe oportunidade.
Com análise criteriosa dos indicadores fundamentais, acompanhamento regular de resultados e horizonte de longo prazo, ações baratas deixam de ser apostas especulativas e se tornam posições estratégicas em um portfólio bem construído.
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2025 na Bolsa: Onde Encontrar Ações Baratas com Potencial de Crescimento Real
A bolsa brasileira em 2025 oferece uma janela rara para investidores que entendem a diferença entre “barato” e “oportunidade”. Enquanto muitos focam apenas em preços baixos, os investidores mais experientes buscam ações negociadas significativamente abaixo de seu valor patrimonial — um sinal de que o mercado ainda não precificou corretamente o potencial das empresas.
A retomada de setores como construção civil, energia e varejo criou um cenário onde dezenas de companhias estão disponíveis com descontos substanciais. O desafio agora é separar o joio do trigo: diferenciar entre ações baratas porque realmente estão descontadas daquelas que são baratas porque merecem estar.
Por Que 2025 é o Ano das Oportunidades em Ações Baratas
Investir em ações baratas com potencial de crescimento não é apenas uma questão de economizar capital. É uma estratégia que oferece três vantagens simultâneas:
Multiplicação de retorno — Empresas pequenas ou em recuperação possuem espaço de crescimento exponencial. Uma ação que sobe de R$1 para R$3 gera 200% de retorno; uma de R$50 para R$75 gera apenas 50%. O percentual de ganho é proporcionalmente maior em papéis mais acessíveis.
Entrada com menores riscos financeiros — Diversificação real só acontece quando você consegue alocar capital em múltiplas posições sem comprometer seu patrimônio. Ações baratas permitem que você monte um portfólio com 10, 15 ou 20 posições diferentes, reduzindo significativamente o risco idiossincrático.
Aprendizado acelerado — Papéis menos seguidos pela indústria exigem análise fundamental mais profunda. Quem investe em ações baratas é forçado a estudar demonstrações financeiras, entender dinâmicas setoriais e acompanhar notícias com rigor. Isso desenvolve habilidades que pagam dividendos ao longo de toda a carreira como investidor.
Os 20 Papéis Mais Descontados da B3 em Janeiro de 2025
A métrica mais confiável para identificar ações verdadeiramente baratas é o P/VPA (Preço sobre Valor Patrimonial por Ação). Quando uma empresa é negociada com P/VPA baixo, significa que o mercado está pagando pouco pelo patrimônio líquido da companhia — um possível sinal de desvalorização.
Confira o ranking completo:
Os 5 Principais Casos de Estudo em 2025
PDG Realty (PDGR3): A Reconstrução de Valor
Com P/VPA de 0,00, a PDG Realty é o case mais extremo do mercado. A empresa passou por reestruturação significativa, e seu preço reflete ceticismo do mercado. Porém, isso também significa que qualquer sinal de recuperação operacional pode gerar ganhos monumentais. Investidores que entendem o setor de construção civil apontam sinais positivos nas margens e no fluxo de caixa.
Americanas (AMER3): Do Vale da Morte à Recuperação
Após a recuperação judicial em 2023, AMER3 retornou ao pregão com nova estrutura de custos e foco digital. O P/VPA de 0,05 reflete ainda o histórico recente, mas números operacionais melhoraram consistentemente. A empresa está em transição, e papéis em transição tendem a ser os mais baratos — e potencialmente os mais rentáveis.
Helbor (HBOR3): Força Operacional, Preço Deprimido
A construtora opera em múltiplas frentes do mercado imobiliário com indicadores operacionais sólidos. Mesmo com desconto de P/VPA de 0,15, a empresa mantém disciplina financeira e geração de caixa. É um exemplo clássico de ação barata porque o mercado está pessimista com o setor, não com a companhia especificamente.
HBR Realty (HBRE3): Exposição ao Mercado Corporativo
Focada em imóveis corporativos e logísticos, HBR Realty segue expandindo sua base de ativos. Com P/VPA de 0,19 e presença forte em segmentos de alta demanda, oferece diversificação para quem deseja exposição ao setor imobiliário sem apostar tudo em construção civil residencial.
Gerdau (GOAU3): Siderurgia na Retomada da Infraestrutura
A metalúrgica se beneficia diretamente de ciclos de infraestrutura no país. Com lucros consistentes e P/VPA de apenas 0,20, GOAU3 representa uma tese simples: investir em uma empresa lucrativa que está sendo ignorada pelo mercado por razões conjunturais, não por problemas estruturais.
Além da Tabela: Ações Abaixo de R$10 que Chamam Atenção
Além do P/VPA, outro filtro utilizado por investidores de crescimento é o preço nominal da ação abaixo de R$10. Essa métrica não é fundamental, mas oferece liquidez e acessibilidade:
Essas companhias atuam em setores variados, permitindo verdadeira diversificação de portfólio sem necessidade de capital elevado.
Os Indicadores Que Diferenciam Oportunidades Reais
Preço baixo sozinho não garante retorno. Antes de investir em ações baratas com potencial de crescimento, avalie rigorosamente:
P/VPA e P/L — Compare o múltiplo da ação com a média histórica da empresa e do setor. Se GOAU3 negocia com P/VPA de 0,20 enquanto sua média histórica é 0,60, há indicação de desvalorização real.
Dívida/EBITDA e Fluxo de Caixa — Uma ação barata porque está quebrada é armadilha, não oportunidade. Verifique se a empresa gera fluxo de caixa suficiente para cobrir suas obrigações.
ROE (Retorno sobre o Patrimônio) — Empresas com ROE elevado negociadas com P/VPA baixo são as melhores combinações. Significam que a empresa é lucrativa, mas o mercado não acredita em continuidade.
Governança e Administração — Decisões recentes sobre reestruturação, fusões ou mudanças de liderança indicam direção futura. PDG Realty e Americanas estão sob novo comando — isso pode ser positivo ou negativo dependendo do histórico.
O Cenário Setorial em 2025
A construção civil se destaca com múltiplas oportunidades: PDG Realty, Helbor, Gafisa e HBR Realty figuram entre as mais baratas justamente porque o setor sofreu com juros altos e desemprego. Com sinais de melhoria, esses papéis podem recuperar valor rapidamente.
Varejo e comércio (Americanas, Via, Pão de Açúcar) vivem transição de modelo de negócio. Ações baratas refletem incerteza, não morte do setor.
Siderurgia (Gerdau, Usiminas) segue dependente de ciclo de infraestrutura, mas com lucros mantidos oferece margem de segurança.
Estratégia de Investimento em Ações Baratas
Para Iniciantes — Escolha 5 a 7 ações da lista, aloque capital igualmente, e revise a cada trimestre conforme divulgação de resultados. O objetivo é aprender.
Para Intermediários — Pesquise 3 setores específicos, escolha 2 ações por setor, e aplique análise fundamental rigorosa. Busque empresas com P/VPA baixo MAS com ROE positivo.
Para Avançados — Identifique catalisadores específicos (reestruturação, mudança de CEO, novo contrato). Ações baratas com catalisadores próximos são ouro puro.
Conclusão: O Timing Importa, Mas a Análise Mais
Investir em ações baratas com potencial de crescimento em 2025 exige equilíbrio entre oportunismo e prudência. O mercado oferece dezenas de papéis descontados, mas nem todos se recuperarão. Os que o fizerem podem multiplicar seu capital significativamente.
A chave está em entender POR QUE a ação está barata. Se é barata porque a empresa está quebrando, fuja. Se é barata porque o mercado está pessimista com o setor, mas a empresa específica é sólida, ali existe oportunidade.
Com análise criteriosa dos indicadores fundamentais, acompanhamento regular de resultados e horizonte de longo prazo, ações baratas deixam de ser apostas especulativas e se tornam posições estratégicas em um portfólio bem construído.