Por que investir agora em ações de conceito de armazenamento de energia? Uma tendência que não pode ignorar
O controle global de emissões de carbono é uma prioridade iminente. Segundo o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, para atingir zero emissões líquidas de carbono até 2050, as emissões de 2030 devem ser reduzidas pela metade. Por causa dessa meta rígida, os governos de vários países já começaram a aumentar significativamente os investimentos em energias renováveis — essa é a principal força motriz por trás do crescimento das ações de conceito de armazenamento de energia.
Simplificando, o motivo pelo qual as ações de conceito de energia verde valem atenção é porque: a transição energética é uma tendência de longo prazo liderada por políticas, e os sistemas de armazenamento são a infraestrutura fundamental nesse processo. Fontes de energia renovável como eólica e solar são instáveis, e só por meio de tecnologias de armazenamento podem ser realmente comercializadas. Além disso, com a popularização dos veículos elétricos e o aumento do consumo de energia em centros de dados com IA, há um espaço de crescimento evidente na demanda por armazenamento.
De acordo com previsão da BloombergNEF, até 2030, a capacidade acumulada de armazenamento global ultrapassará a marca de terawatt-hora, sendo as baterias de íons de lítio responsáveis pela maior fatia. Em outras palavras, isso não é uma especulação de curto prazo, mas um ciclo industrial que durará cerca de dez anos.
Como a cadeia de valor do armazenamento de energia é estratificada? Em que etapa os investidores devem entrar
Nem todas as ações de conceito de armazenamento de energia são iguais. Compreender a estratificação da cadeia de valor é essencial para evitar armadilhas.
Primeira camada: fabricantes de baterias — alta barreira tecnológica, competição acirrada
As baterias são o coração do sistema de armazenamento. Essa camada envolve diferentes tecnologias, como baterias de lítio, de estado sólido, de sódio-íon, etc. Empresas como Formosa Plastics (6505) investem em eletrólitos, Xinshengli (4931) e Changyuan Technology (8038) produzem baterias, e esses negócios se beneficiam diretamente do aumento nas entregas de armazenamento.
Qual é a desvantagem? A volatilidade nos custos de matérias-primas (preços de lítio, níquel, cobalto frequentemente variam bastante), além de precisarem competir com grandes fabricantes internacionais em tecnologia. A margem de lucro tende a ser comprimida, com riscos concentrados na cadeia de suprimentos e nos custos.
Segunda camada: integradores de sistemas — maior margem de lucro, principais beneficiários
Quem realmente lucra nesta camada são os integradores. Eles não apenas fornecem as baterias, mas também combinam inversores, sistemas de gerenciamento de baterias, sistemas de gerenciamento de energia, entregando uma solução completa. Isso exige maior capacidade de engenharia e recursos de clientes. Exemplos na bolsa de Taiwan incluem Huadong (1519), A-Li (1514) e ZTE Electric (1513).
Por que essa camada merece mais atenção? Porque os integradores geralmente têm maior poder de negociação, com margens de lucro pelo menos o dobro das fabricantes de baterias. Com o aumento de projetos de armazenamento, a receita dessas empresas tende a crescer de forma mais estável.
Terceira camada: equipamentos de energia e componentes — demanda contínua, embora dispersa
Empresas que auxiliam na conexão do sistema de armazenamento à rede, fornecendo transformadores, painéis de distribuição, etc. A concorrência é grande, mas a demanda é rígida. Empresas como Huadong, A-Li e ZTE Electric atuam nesse segmento.
Quarta camada: fornecedores de materiais e componentes — recursos upstream, sensíveis às oscilações de preços de matérias-primas
Materiais como catodos, eletrólitos e membranas têm barreiras tecnológicas, mas sua volatilidade acompanha de perto os preços internacionais de commodities. Investir nesse setor exige sensibilidade às tendências de preços de matérias-primas.
Estado atual dos líderes de armazenamento nos EUA: oportunidades e armadilhas
Tesla (TSLA) — entrada no setor de armazenamento, mas não seu core business
Tesla vale US$103 bilhões, mas a participação de armazenamento na receita é limitada. Desde 2025, o ação recuou 18,44%, atualmente cotada a US$329. Seus projetos de armazenamento aumentam, mas os riscos e retornos não se destacam frente aos veículos elétricos.
Enphase Energy (ENPH) — ex-estrela, agora sob risco regulatório
Fornecedor de microinversores e sistemas de armazenamento, antes considerado representante do conceito de armazenamento. Mas há uma armadilha: o fim do subsídio residencial de energia solar nos EUA pode ocorrer até o final do ano, prejudicando a demanda.
Atualmente cotada a US$36,98, com queda superior a 46%. Apesar de o P/S estar entre 3,2 e 3,7 vezes, não parece caro, com receita de US$1,46 bilhão em 2024. Contudo, o cenário para 2025 é incerto — algumas instituições dizem que ficará estável em US$1,48 bilhão, outras projetam acima de US$2 bilhões. A orientação do Q3 é de apenas US$330 a US$370 milhões, indicando demanda fraca.
Corretoras como TD Cowen reduziram a classificação para Hold, com preço-alvo entre US$45 e US$55. Isso mostra que o mercado está bastante atento à incerteza regulatória. É melhor evitar no curto prazo, a menos que haja uma extensão clara dos subsídios.
NextEra Energy (NEE) — gigante conservadora
Maior distribuidora de energia do mundo, com valor de mercado de US$14,961 bilhões. É uma empresa “grande e sólida”, com a NextEra Energy Resources controlando energia eólica, solar e armazenamento.
Receita prevista para 2024 de US$24,75 bilhões, capacidade de geração de 73 GW, tamanho considerável. EPS ajustado do Q2 de 2025 de US$1,05, crescimento de 9% ao ano, com crescimento mais acelerado na parte de energias renováveis. Novos projetos de 3,2 GW (incluindo 1 GW para centros de dados com IA) são destaque — sinal de que percebem a demanda de energia para IA.
Cotada a US$72,65, com analistas apontando preço-alvo entre US$84 e US$86, indicando potencial de alta de 15-20%. A desvantagem é o ritmo de crescimento mais moderado, adequado para investidores mais conservadores.
Fluence Energy (FLNC) — estrela emergente global em armazenamento, mas com capacidade de produção limitada
Líder mundial em produtos e serviços de armazenamento, criada em 2018 por Siemens e AES. Atua em 47 mercados, uma cobertura incomum na indústria.
O problema: receita do Q3 de 2025 de US$603 milhões, bem abaixo dos US$770 milhões esperados, devido ao arrefecimento na expansão de capacidade nos EUA e gargalos na cadeia de suprimentos. Margem bruta de 15,4%, EPS de US$0,01, embora superando expectativas, ainda é próximo do limite de prejuízo.
A equipe de gestão mantém a previsão de receita anual de US$2,7 bilhões para 2025, com expectativa de conversão de pedidos existentes em 2026. Cotada a US$6,93, com queda superior a 56%. É um típico ativo de “esperar pela liberação de capacidade”, com risco elevado e necessidade de forte resistência emocional.
EnerSys (ENS) — opção discreta, mas estável
Fornecedor de soluções industriais de armazenamento, com mais de 11.000 funcionários globalmente. No Q1 de 2025, destaque: EPS de US$2,08, acima do esperado, receita de US$893 milhões, também melhor que a previsão.
Valor de mercado de US$3,86 bilhões, P/E de 11,8 vezes, dividend yield próximo de 1%. Essa avaliação é relativamente barata no setor de armazenamento. A desvantagem é o crescimento mais moderado, mas a vantagem é a estabilidade, ideal para investidores conservadores com visão de longo prazo.
Líderes de armazenamento na bolsa de Taiwan: quem lucra, quem ainda queima caixa
Delta Electronics (2308) — o mais lucrativo
Q2 de 2025: receita de NT$124,035 bilhões, aumento de 20% ao ano, recorde trimestral. Mais importante, lucro líquido de NT$13,948 bilhões, alta de 40%, com EPS de NT$5,37, recorde histórico. Margem bruta de 35,5%, margem operacional de 15,1%, nível top na indústria de fontes de energia e armazenamento.
Por que Delta consegue margens tão altas? Porque domina soluções de fontes de alta qualidade e gerenciamento térmico, com barreiras tecnológicas fortes e alta fidelidade de clientes. Nos próximos meses, continuará investindo em capacidade nos EUA e em P&D, aproveitando os dividendos.
Yuan (1504) — tradicional fabricante que se reinventou
Fundada em 1956, começou com motores elétricos, agora atua em sistemas de motores, energia inteligente e vida inteligente. A recente alta no conceito de armazenamento também beneficiou a Yuan.
Q2 de 2025: receita de NT$1,56 bilhão, aumento de 7,4%, mas EPS de apenas NT$0,69 (devido a custos e perdas cambiais). No semestre, EPS acumulado de NT$1,23, queda de 8%. Apesar do crescimento na receita, o lucro foi comprimido.
Boa notícia: a estrutura financeira é sólida, com dividendos de NT$2,2 por ação no semestre, yield de 4,2%. Ainda estão em processo de aquisição da NCL Energy e de parcerias estratégicas com Foxconn em centros de dados com IA e energia inteligente, novos motores de crescimento a acompanhar.
Armadilhas a evitar ao investir em ações de armazenamento de energia
Primeiro, nem todas as ações de energia verde são lucrativas
Muitas empresas podem não ter competitividade tecnológica, especialmente as emergentes com bases frágeis. Sem equilíbrio entre receitas e despesas por longos períodos, suas ações podem despencar. É fundamental analisar os relatórios financeiros para avaliar a real competitividade.
Segundo, o risco regulatório é grande
Como no caso da Enphase, uma única política de subsídio pode derrubar o preço das ações em 40%. Antes de investir, estude as tendências regulatórias locais e não se deixe levar por especulações de curto prazo.
Terceiro, oscilações nos custos e matérias-primas são fatais
Empresas de baterias, em particular, são vulneráveis. Oscilações nos preços de lítio, níquel e cobalto podem reduzir drasticamente as margens. Essas empresas tendem a ter aumento de volume, mas margens comprimidas — “mais quantidade, menos lucro”.
Quarto, diferencie ações cíclicas de ações de crescimento
Algumas empresas de armazenamento dependem de ciclos políticos: quando há apoio, crescem; sem apoio, estagnam. Os bons investimentos são aqueles com potencial de crescimento contínuo — como a Delta, que se beneficia da expansão de capacidade nos EUA e do aumento na demanda por centros de dados com IA, com crescimento mais interno.
Sugestões finais
O setor de armazenamento de energia tem potencial de longo prazo, mas nem todos os ativos valem a pena. Sua estratégia de investimento deve incluir:
Selecionar empresas com forte lucratividade — priorize margens, fluxo de caixa e crescimento de EPS
Focar na posição na cadeia de valor — integradores costumam ser mais lucrativos que fabricantes de baterias
Evitar ativos altamente dependentes de políticas — a menos que tenha certeza da continuidade de subsídios
Diversificar e manter por longo prazo — trata-se de uma oportunidade de década, sem necessidade de apostas arriscadas
De outro ângulo, o futuro das ações de conceito de energia verde é promissor, mas o sucesso depende mais de “escolher as empresas certas” do que de “escolher o setor certo”. Sempre que houver novos estímulos políticos, é uma boa oportunidade para revisar sua lista de investimentos.
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Guia de Ouro na Indústria de Armazenamento de Energia|Como lucrar com ações de conceito de energia verde em 2025, analisando a cadeia de produção
Por que investir agora em ações de conceito de armazenamento de energia? Uma tendência que não pode ignorar
O controle global de emissões de carbono é uma prioridade iminente. Segundo o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, para atingir zero emissões líquidas de carbono até 2050, as emissões de 2030 devem ser reduzidas pela metade. Por causa dessa meta rígida, os governos de vários países já começaram a aumentar significativamente os investimentos em energias renováveis — essa é a principal força motriz por trás do crescimento das ações de conceito de armazenamento de energia.
Simplificando, o motivo pelo qual as ações de conceito de energia verde valem atenção é porque: a transição energética é uma tendência de longo prazo liderada por políticas, e os sistemas de armazenamento são a infraestrutura fundamental nesse processo. Fontes de energia renovável como eólica e solar são instáveis, e só por meio de tecnologias de armazenamento podem ser realmente comercializadas. Além disso, com a popularização dos veículos elétricos e o aumento do consumo de energia em centros de dados com IA, há um espaço de crescimento evidente na demanda por armazenamento.
De acordo com previsão da BloombergNEF, até 2030, a capacidade acumulada de armazenamento global ultrapassará a marca de terawatt-hora, sendo as baterias de íons de lítio responsáveis pela maior fatia. Em outras palavras, isso não é uma especulação de curto prazo, mas um ciclo industrial que durará cerca de dez anos.
Como a cadeia de valor do armazenamento de energia é estratificada? Em que etapa os investidores devem entrar
Nem todas as ações de conceito de armazenamento de energia são iguais. Compreender a estratificação da cadeia de valor é essencial para evitar armadilhas.
Primeira camada: fabricantes de baterias — alta barreira tecnológica, competição acirrada
As baterias são o coração do sistema de armazenamento. Essa camada envolve diferentes tecnologias, como baterias de lítio, de estado sólido, de sódio-íon, etc. Empresas como Formosa Plastics (6505) investem em eletrólitos, Xinshengli (4931) e Changyuan Technology (8038) produzem baterias, e esses negócios se beneficiam diretamente do aumento nas entregas de armazenamento.
Qual é a desvantagem? A volatilidade nos custos de matérias-primas (preços de lítio, níquel, cobalto frequentemente variam bastante), além de precisarem competir com grandes fabricantes internacionais em tecnologia. A margem de lucro tende a ser comprimida, com riscos concentrados na cadeia de suprimentos e nos custos.
Segunda camada: integradores de sistemas — maior margem de lucro, principais beneficiários
Quem realmente lucra nesta camada são os integradores. Eles não apenas fornecem as baterias, mas também combinam inversores, sistemas de gerenciamento de baterias, sistemas de gerenciamento de energia, entregando uma solução completa. Isso exige maior capacidade de engenharia e recursos de clientes. Exemplos na bolsa de Taiwan incluem Huadong (1519), A-Li (1514) e ZTE Electric (1513).
Por que essa camada merece mais atenção? Porque os integradores geralmente têm maior poder de negociação, com margens de lucro pelo menos o dobro das fabricantes de baterias. Com o aumento de projetos de armazenamento, a receita dessas empresas tende a crescer de forma mais estável.
Terceira camada: equipamentos de energia e componentes — demanda contínua, embora dispersa
Empresas que auxiliam na conexão do sistema de armazenamento à rede, fornecendo transformadores, painéis de distribuição, etc. A concorrência é grande, mas a demanda é rígida. Empresas como Huadong, A-Li e ZTE Electric atuam nesse segmento.
Quarta camada: fornecedores de materiais e componentes — recursos upstream, sensíveis às oscilações de preços de matérias-primas
Materiais como catodos, eletrólitos e membranas têm barreiras tecnológicas, mas sua volatilidade acompanha de perto os preços internacionais de commodities. Investir nesse setor exige sensibilidade às tendências de preços de matérias-primas.
Estado atual dos líderes de armazenamento nos EUA: oportunidades e armadilhas
Tesla (TSLA) — entrada no setor de armazenamento, mas não seu core business
Tesla vale US$103 bilhões, mas a participação de armazenamento na receita é limitada. Desde 2025, o ação recuou 18,44%, atualmente cotada a US$329. Seus projetos de armazenamento aumentam, mas os riscos e retornos não se destacam frente aos veículos elétricos.
Enphase Energy (ENPH) — ex-estrela, agora sob risco regulatório
Fornecedor de microinversores e sistemas de armazenamento, antes considerado representante do conceito de armazenamento. Mas há uma armadilha: o fim do subsídio residencial de energia solar nos EUA pode ocorrer até o final do ano, prejudicando a demanda.
Atualmente cotada a US$36,98, com queda superior a 46%. Apesar de o P/S estar entre 3,2 e 3,7 vezes, não parece caro, com receita de US$1,46 bilhão em 2024. Contudo, o cenário para 2025 é incerto — algumas instituições dizem que ficará estável em US$1,48 bilhão, outras projetam acima de US$2 bilhões. A orientação do Q3 é de apenas US$330 a US$370 milhões, indicando demanda fraca.
Corretoras como TD Cowen reduziram a classificação para Hold, com preço-alvo entre US$45 e US$55. Isso mostra que o mercado está bastante atento à incerteza regulatória. É melhor evitar no curto prazo, a menos que haja uma extensão clara dos subsídios.
NextEra Energy (NEE) — gigante conservadora
Maior distribuidora de energia do mundo, com valor de mercado de US$14,961 bilhões. É uma empresa “grande e sólida”, com a NextEra Energy Resources controlando energia eólica, solar e armazenamento.
Receita prevista para 2024 de US$24,75 bilhões, capacidade de geração de 73 GW, tamanho considerável. EPS ajustado do Q2 de 2025 de US$1,05, crescimento de 9% ao ano, com crescimento mais acelerado na parte de energias renováveis. Novos projetos de 3,2 GW (incluindo 1 GW para centros de dados com IA) são destaque — sinal de que percebem a demanda de energia para IA.
Cotada a US$72,65, com analistas apontando preço-alvo entre US$84 e US$86, indicando potencial de alta de 15-20%. A desvantagem é o ritmo de crescimento mais moderado, adequado para investidores mais conservadores.
Fluence Energy (FLNC) — estrela emergente global em armazenamento, mas com capacidade de produção limitada
Líder mundial em produtos e serviços de armazenamento, criada em 2018 por Siemens e AES. Atua em 47 mercados, uma cobertura incomum na indústria.
O problema: receita do Q3 de 2025 de US$603 milhões, bem abaixo dos US$770 milhões esperados, devido ao arrefecimento na expansão de capacidade nos EUA e gargalos na cadeia de suprimentos. Margem bruta de 15,4%, EPS de US$0,01, embora superando expectativas, ainda é próximo do limite de prejuízo.
A equipe de gestão mantém a previsão de receita anual de US$2,7 bilhões para 2025, com expectativa de conversão de pedidos existentes em 2026. Cotada a US$6,93, com queda superior a 56%. É um típico ativo de “esperar pela liberação de capacidade”, com risco elevado e necessidade de forte resistência emocional.
EnerSys (ENS) — opção discreta, mas estável
Fornecedor de soluções industriais de armazenamento, com mais de 11.000 funcionários globalmente. No Q1 de 2025, destaque: EPS de US$2,08, acima do esperado, receita de US$893 milhões, também melhor que a previsão.
Valor de mercado de US$3,86 bilhões, P/E de 11,8 vezes, dividend yield próximo de 1%. Essa avaliação é relativamente barata no setor de armazenamento. A desvantagem é o crescimento mais moderado, mas a vantagem é a estabilidade, ideal para investidores conservadores com visão de longo prazo.
Líderes de armazenamento na bolsa de Taiwan: quem lucra, quem ainda queima caixa
Delta Electronics (2308) — o mais lucrativo
Q2 de 2025: receita de NT$124,035 bilhões, aumento de 20% ao ano, recorde trimestral. Mais importante, lucro líquido de NT$13,948 bilhões, alta de 40%, com EPS de NT$5,37, recorde histórico. Margem bruta de 35,5%, margem operacional de 15,1%, nível top na indústria de fontes de energia e armazenamento.
Por que Delta consegue margens tão altas? Porque domina soluções de fontes de alta qualidade e gerenciamento térmico, com barreiras tecnológicas fortes e alta fidelidade de clientes. Nos próximos meses, continuará investindo em capacidade nos EUA e em P&D, aproveitando os dividendos.
Yuan (1504) — tradicional fabricante que se reinventou
Fundada em 1956, começou com motores elétricos, agora atua em sistemas de motores, energia inteligente e vida inteligente. A recente alta no conceito de armazenamento também beneficiou a Yuan.
Q2 de 2025: receita de NT$1,56 bilhão, aumento de 7,4%, mas EPS de apenas NT$0,69 (devido a custos e perdas cambiais). No semestre, EPS acumulado de NT$1,23, queda de 8%. Apesar do crescimento na receita, o lucro foi comprimido.
Boa notícia: a estrutura financeira é sólida, com dividendos de NT$2,2 por ação no semestre, yield de 4,2%. Ainda estão em processo de aquisição da NCL Energy e de parcerias estratégicas com Foxconn em centros de dados com IA e energia inteligente, novos motores de crescimento a acompanhar.
Armadilhas a evitar ao investir em ações de armazenamento de energia
Primeiro, nem todas as ações de energia verde são lucrativas
Muitas empresas podem não ter competitividade tecnológica, especialmente as emergentes com bases frágeis. Sem equilíbrio entre receitas e despesas por longos períodos, suas ações podem despencar. É fundamental analisar os relatórios financeiros para avaliar a real competitividade.
Segundo, o risco regulatório é grande
Como no caso da Enphase, uma única política de subsídio pode derrubar o preço das ações em 40%. Antes de investir, estude as tendências regulatórias locais e não se deixe levar por especulações de curto prazo.
Terceiro, oscilações nos custos e matérias-primas são fatais
Empresas de baterias, em particular, são vulneráveis. Oscilações nos preços de lítio, níquel e cobalto podem reduzir drasticamente as margens. Essas empresas tendem a ter aumento de volume, mas margens comprimidas — “mais quantidade, menos lucro”.
Quarto, diferencie ações cíclicas de ações de crescimento
Algumas empresas de armazenamento dependem de ciclos políticos: quando há apoio, crescem; sem apoio, estagnam. Os bons investimentos são aqueles com potencial de crescimento contínuo — como a Delta, que se beneficia da expansão de capacidade nos EUA e do aumento na demanda por centros de dados com IA, com crescimento mais interno.
Sugestões finais
O setor de armazenamento de energia tem potencial de longo prazo, mas nem todos os ativos valem a pena. Sua estratégia de investimento deve incluir:
De outro ângulo, o futuro das ações de conceito de energia verde é promissor, mas o sucesso depende mais de “escolher as empresas certas” do que de “escolher o setor certo”. Sempre que houver novos estímulos políticos, é uma boa oportunidade para revisar sua lista de investimentos.