Deflação (Deflation) refere-se a uma situação em que os preços de bens e serviços caem continuamente. É o oposto da inflação. Quando ocorre, o seu dinheiro vale mais, permitindo-lhe comprar mais com a mesma quantia. Mas é importante lembrar que essa redução de preços não significa que todos os bens estejam mais baratos, mas sim que a média geral diminui. Alguns itens podem ainda estar caros.
De onde surge a deflação?
As pessoas costumam pensar que a deflação vem de uma única causa, mas na verdade há vários fatores:
Lado da oferta: Quando os produtores aumentam a capacidade de produção ou novas tecnologias reduzem os custos, os preços dos bens também caem.
Lado da procura: Quando as pessoas compram menos devido à contração da economia, aumento de dívidas ou desemprego elevado, os produtores precisam baixar os preços para incentivar as vendas.
Políticas incorretas: O governo pode cobrar impostos excessivos, a quantidade de dinheiro no sistema pode ser insuficiente ou a política monetária pode ser demasiado restritiva.
Problemas de liquidez: Quando há excesso de saída de dinheiro do país ou as pessoas preferem poupar em vez de investir.
Como a deflação se relaciona com a recessão económica?
Este é um ponto importante: quando o PIB cai por dois trimestres consecutivos (que é chamado de recessão), as pessoas reduzem os gastos. As empresas veem as vendas despencarem e precisam baixar os preços, esperando vender mais. Mas os consumidores, ao verem os preços mais baixos, esperam que continuem a cair e adiam compras. As empresas obtêm lucros menores, precisam reduzir empregos, aumentando o desemprego e diminuindo ainda mais o consumo… Este ciclo descendente de deflação (deflationary spiral) é difícil de quebrar.
Quem sai a ganhar? Quem sai a perder?
Ganha:
Pessoas com rendimentos fixos (salários fixos, mas com preços a baixar)
Credores (que emprestaram dinheiro e agora o valor a pagar é maior)
Detentores de dinheiro em espécie
Perde:
Empresários e negócios
Acionistas
Devedores
Pessoas que dependem de lucros
Em que investir durante a deflação?
1. Títulos de dívida (Bonds)
Durante a deflação, os bancos centrais costumam reduzir as taxas de juro, o que aumenta o valor dos títulos antigos com juros elevados. Quem possui esses títulos beneficia de retornos mais estáveis, mas deve escolher títulos confiáveis.
2. Ações “seguras” (Defensive Stocks)
Investir em ações de empresas que vendem bens ou serviços essenciais, como alimentos, bebidas, medicamentos ou utilidades (água, eletricidade, gás). Essas empresas continuam a vender mesmo em tempos de recessão.
3. Imóveis
Durante a deflação, os preços de terrenos e apartamentos podem cair. Vendedores tentam vender rapidamente para obter dinheiro em espécie. Você tem a oportunidade de comprar a preços baixos. Contudo, imóveis requerem grande investimento e podem levar tempo a vender.
4. Ouro
Normalmente é uma boa proteção, mas na deflação o preço do ouro também tende a cair. Ainda assim, o ouro mantém valor real e é uma boa forma de diversificação de risco.
5. Dinheiro em espécie
Não é tão entediante quanto parece. Durante a deflação, o dinheiro em espécie é um ativo valioso, pois pode esperar que os preços caiam ainda mais antes de gastar.
Como minimizar os efeitos da deflação
Escolha ações sólidas: Gestores sensatos continuam a gerar receitas mesmo em tempos difíceis. Essas ações tendem a recuperar após a crise.
Diversifique os investimentos: Não coloque tudo em um só lugar. Faça compras e vendas parceladas, reservando parte dos lucros em dinheiro.
Faça short selling: Se tiver experiência, vender a descoberto ou opções de venda pode gerar lucros em mercados em queda.
Estude antes de agir: O mais importante é entender que investir envolve riscos. Não se deixe levar apenas pelo valor.
Resumo
A deflação não é algo estranho; a redução de preços parece boa, mas na verdade é um sinal de problemas na economia. Se souber investir, manter dinheiro em caixa e ter um bom plano, a deflação pode ser uma oportunidade de comprar barato. Mas, se não estiver preparado, pode perder emprego, ter rendimentos reduzidos, como outros que ficam em desvantagem.
O mais importante é: Estudar, planejar e estar sempre preparado.
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O que é a deflação? Explicado de forma simples
Deflação (Deflation) refere-se a uma situação em que os preços de bens e serviços caem continuamente. É o oposto da inflação. Quando ocorre, o seu dinheiro vale mais, permitindo-lhe comprar mais com a mesma quantia. Mas é importante lembrar que essa redução de preços não significa que todos os bens estejam mais baratos, mas sim que a média geral diminui. Alguns itens podem ainda estar caros.
De onde surge a deflação?
As pessoas costumam pensar que a deflação vem de uma única causa, mas na verdade há vários fatores:
Lado da oferta: Quando os produtores aumentam a capacidade de produção ou novas tecnologias reduzem os custos, os preços dos bens também caem.
Lado da procura: Quando as pessoas compram menos devido à contração da economia, aumento de dívidas ou desemprego elevado, os produtores precisam baixar os preços para incentivar as vendas.
Políticas incorretas: O governo pode cobrar impostos excessivos, a quantidade de dinheiro no sistema pode ser insuficiente ou a política monetária pode ser demasiado restritiva.
Problemas de liquidez: Quando há excesso de saída de dinheiro do país ou as pessoas preferem poupar em vez de investir.
Como a deflação se relaciona com a recessão económica?
Este é um ponto importante: quando o PIB cai por dois trimestres consecutivos (que é chamado de recessão), as pessoas reduzem os gastos. As empresas veem as vendas despencarem e precisam baixar os preços, esperando vender mais. Mas os consumidores, ao verem os preços mais baixos, esperam que continuem a cair e adiam compras. As empresas obtêm lucros menores, precisam reduzir empregos, aumentando o desemprego e diminuindo ainda mais o consumo… Este ciclo descendente de deflação (deflationary spiral) é difícil de quebrar.
Quem sai a ganhar? Quem sai a perder?
Ganha:
Perde:
Em que investir durante a deflação?
1. Títulos de dívida (Bonds)
Durante a deflação, os bancos centrais costumam reduzir as taxas de juro, o que aumenta o valor dos títulos antigos com juros elevados. Quem possui esses títulos beneficia de retornos mais estáveis, mas deve escolher títulos confiáveis.
2. Ações “seguras” (Defensive Stocks)
Investir em ações de empresas que vendem bens ou serviços essenciais, como alimentos, bebidas, medicamentos ou utilidades (água, eletricidade, gás). Essas empresas continuam a vender mesmo em tempos de recessão.
3. Imóveis
Durante a deflação, os preços de terrenos e apartamentos podem cair. Vendedores tentam vender rapidamente para obter dinheiro em espécie. Você tem a oportunidade de comprar a preços baixos. Contudo, imóveis requerem grande investimento e podem levar tempo a vender.
4. Ouro
Normalmente é uma boa proteção, mas na deflação o preço do ouro também tende a cair. Ainda assim, o ouro mantém valor real e é uma boa forma de diversificação de risco.
5. Dinheiro em espécie
Não é tão entediante quanto parece. Durante a deflação, o dinheiro em espécie é um ativo valioso, pois pode esperar que os preços caiam ainda mais antes de gastar.
Como minimizar os efeitos da deflação
Escolha ações sólidas: Gestores sensatos continuam a gerar receitas mesmo em tempos difíceis. Essas ações tendem a recuperar após a crise.
Diversifique os investimentos: Não coloque tudo em um só lugar. Faça compras e vendas parceladas, reservando parte dos lucros em dinheiro.
Faça short selling: Se tiver experiência, vender a descoberto ou opções de venda pode gerar lucros em mercados em queda.
Estude antes de agir: O mais importante é entender que investir envolve riscos. Não se deixe levar apenas pelo valor.
Resumo
A deflação não é algo estranho; a redução de preços parece boa, mas na verdade é um sinal de problemas na economia. Se souber investir, manter dinheiro em caixa e ter um bom plano, a deflação pode ser uma oportunidade de comprar barato. Mas, se não estiver preparado, pode perder emprego, ter rendimentos reduzidos, como outros que ficam em desvantagem.
O mais importante é: Estudar, planejar e estar sempre preparado.