A tendência de alta da prata é surpreendente, mas esconde riscos. Será que ainda é possível acompanhar após a criação de uma nova baixa na relação ouro-prata?
A forte valorização da prata tornou-se a história mais brilhante dos metais preciosos em 2025. Até 3 de dezembro, o preço da prata atingiu uma máxima histórica de 58,95 dólares por onça, com uma valorização de 101% desde o início do ano, superando amplamente os 58% de alta do ouro. Por trás dessa onda de alta, estão o aperto estrutural na oferta e uma forte demanda de investimento, apoiando o movimento de forma dupla.
**Várias instituições são otimistas, mas as previsões variam**
UBS e Bank of America mantêm uma visão otimista para o mercado de prata. A UBS prevê que a prata atingirá 60 dólares por onça em 2026, enquanto o Bank of America é mais agressivo, com uma meta de 65 dólares por onça — essa instituição destaca que a prata é atualmente o metal mais escasso na oferta, com uma escassez estrutural sustentando a alta dos preços. O Commerzbank também acredita que, em um ambiente de redução de taxas pelo Federal Reserve, a prata ainda tem espaço para subir, embora suas previsões sejam mais conservadoras, com uma meta de 59 dólares por onça em 2026.
**A queda da relação ouro-prata é o verdadeiro ponto-chave, desta vez será diferente?**
Por trás de uma aparente notícia favorável, há um sinal de alerta importante: a relação ouro-prata caiu rapidamente de mais de 80 para 72, atingindo uma mínima desde agosto de 2021. O que isso significa? O valor relativo da prata em relação ao ouro aumentou significativamente, e a condição de subavaliação severa que persistia foi claramente melhorada.
Em outras palavras, o principal fator que impulsionava a valorização independente da prata — o desconto na avaliação — está desaparecendo. Uma vez que a relação ouro-prata se estabilize em níveis baixos, a correlação entre os dois metais se fortalecerá, indicando que o potencial de valorização excessiva da prata pode já ter atingido o pico. Nos próximos movimentos, a prata seguirá mais o ritmo do ouro do que uma trajetória independente.
**Investidores precisam mudar de mentalidade**
Para quem busca comprar na alta, este é um momento que exige reflexão. Apesar das previsões otimistas, o espaço para alta (em relação ao que já subiu) já diminuiu significativamente. A prata poderá continuar atingindo novas máximas? A chave não está na oferta, mas na capacidade da relação ouro-prata de continuar caindo — embora essa probabilidade esteja diminuindo. As maiores oportunidades de investimento no futuro podem estar em procurar por commodities que ainda estejam subvalorizadas.
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A tendência de alta da prata é surpreendente, mas esconde riscos. Será que ainda é possível acompanhar após a criação de uma nova baixa na relação ouro-prata?
A forte valorização da prata tornou-se a história mais brilhante dos metais preciosos em 2025. Até 3 de dezembro, o preço da prata atingiu uma máxima histórica de 58,95 dólares por onça, com uma valorização de 101% desde o início do ano, superando amplamente os 58% de alta do ouro. Por trás dessa onda de alta, estão o aperto estrutural na oferta e uma forte demanda de investimento, apoiando o movimento de forma dupla.
**Várias instituições são otimistas, mas as previsões variam**
UBS e Bank of America mantêm uma visão otimista para o mercado de prata. A UBS prevê que a prata atingirá 60 dólares por onça em 2026, enquanto o Bank of America é mais agressivo, com uma meta de 65 dólares por onça — essa instituição destaca que a prata é atualmente o metal mais escasso na oferta, com uma escassez estrutural sustentando a alta dos preços. O Commerzbank também acredita que, em um ambiente de redução de taxas pelo Federal Reserve, a prata ainda tem espaço para subir, embora suas previsões sejam mais conservadoras, com uma meta de 59 dólares por onça em 2026.
**A queda da relação ouro-prata é o verdadeiro ponto-chave, desta vez será diferente?**
Por trás de uma aparente notícia favorável, há um sinal de alerta importante: a relação ouro-prata caiu rapidamente de mais de 80 para 72, atingindo uma mínima desde agosto de 2021. O que isso significa? O valor relativo da prata em relação ao ouro aumentou significativamente, e a condição de subavaliação severa que persistia foi claramente melhorada.
Em outras palavras, o principal fator que impulsionava a valorização independente da prata — o desconto na avaliação — está desaparecendo. Uma vez que a relação ouro-prata se estabilize em níveis baixos, a correlação entre os dois metais se fortalecerá, indicando que o potencial de valorização excessiva da prata pode já ter atingido o pico. Nos próximos movimentos, a prata seguirá mais o ritmo do ouro do que uma trajetória independente.
**Investidores precisam mudar de mentalidade**
Para quem busca comprar na alta, este é um momento que exige reflexão. Apesar das previsões otimistas, o espaço para alta (em relação ao que já subiu) já diminuiu significativamente. A prata poderá continuar atingindo novas máximas? A chave não está na oferta, mas na capacidade da relação ouro-prata de continuar caindo — embora essa probabilidade esteja diminuindo. As maiores oportunidades de investimento no futuro podem estar em procurar por commodities que ainda estejam subvalorizadas.