Levantamento de 10.000U Exige “Dados de 3 Gerações”? Alerta Sobre o Estratagema de “Legalização do Poder” no Mercado

Na semana passada, um caso de um principiante em crypto deixou-me, alguém com 8 anos de experiência no sector, surpreendido. Um amigo que entrou no mercado há 3 meses, quis levantar parte dos seus lucros para a sua carteira pessoal de forma a “realizar ganhos de forma segura”, mas deparou-se com uma situação insólita: assim que submeteu o pedido de levantamento no início de novembro, a exchange exigiu imediatamente a indicação do “propósito da utilização dos fundos”, alegando “prevenção de branqueamento de capitais – AML”, chegando mesmo a pedir informações sobre anteriores contrapartes de transação.

Quando o utilizador questionou “isto é uma questão de privacidade”, o apoio ao cliente respondeu de forma peremptória: “Se não colaborar, não pode levantar o dinheiro”. O utilizador foi obrigado a responder “para despesas pessoais”, mas ainda assim foi considerado “motivo inválido” e teve de aguardar 72 horas para aprovação. No fim, teve de reclamar e acabou por desistir.

Quando é Legal, Quando é Abuso de Poder? O que quero salientar: a prevenção do branqueamento de capitais é um limite mínimo, mas não deve ser usada como razão para as exchanges abusarem do seu poder ou “bloquearem os direitos” dos utilizadores.

Segundo o quadro legal em vigor, as exchanges de crypto são apenas obrigadas a: Verificar a identidade (KYC).Monitorizar transações de grande valor.Reportar atividades suspeitas. Quanto ao propósito dos gastos do utilizador, desde que não viole a lei, faz parte da privacidade individual. A exchange não tem direito a exigir explicações detalhadas ou usar “declarações legais” para forçar o utilizador a provar a sua inocência.

Mais preocupante ainda é a táctica de “não colaborar implica bloqueio do levantamento”. A titularidade dos ativos continua a ser do utilizador, a exchange é apenas intermediária. Bloquear unilateralmente o direito de levantamento sem provas de violação é uma intrusão no direito de gestão de ativos pessoais. Um aviso para todos: “O dinheiro só é realmente seu quando está na sua carteira pessoal”, até mesmo o ato de levantar fundos pode ocultar muitos riscos “escondidos”.

4 Passos Para Evitar Riscos ao Levantar Fundos Estudar atentamente as regras da exchange Antes de levantar, leia com atenção os Termos de Utilização relativos a levantamentos: limites mínimos, tempo de aprovação, documentação exigida. Para requisitos ambíguos como “forneça o propósito de utilização” ou “declare transações relacionadas”, prepare-se mentalmente e avalie os riscos com antecedência.Compreender bem a fronteira entre legalidade e privacidade Colaborar com o KYC e reconhecimento facial é obrigatório. No entanto, para pedidos fora deste âmbito (propósito de gastos, transações não relacionadas) tem o direito de recusar e exigir à exchange a fundamentação legal. Não deixe que justificações “legais” o intimidem.Guardar provas Se se deparar com uma situação em que a exchange bloqueia injustificadamente o levantamento ou exige informações privadas, tire capturas de ecrã, guarde mensagens, interfaces de levantamento, notificações da exchange. Isto servirá de base para reclamações às autoridades, associações de defesa do consumidor ou procedimentos legais, se necessário.Diversificar ativos Não mantenha todos os ativos crypto numa só exchange. Transfira ativos de longo prazo para uma carteira pessoal, mantenha 2-3 exchanges reputadas, com mecanismos legais e bom serviço para operações de curto prazo, minimizando o risco de “pontos de estrangulamento” de ativos.

Conclusão O desenvolvimento sustentável do sector crypto exige legalidade real, não “legalidade monopolista”. As exchanges devem focar-se em melhorar os sistemas de controlo de risco e a qualidade do serviço, em vez de usarem “regras legais” para complicar a experiência do utilizador. Porque, se perderem a confiança dos utilizadores, por mais que cumpram a lei, dificilmente sobreviverão a longo prazo.