A disputa pela escolha do presidente da Reserva Federal (FED) está se transformando em um debate público sobre a independência do Banco Central.

Vários meios de comunicação revelaram recentemente que Trump pode estar interessado em seu conselheiro econômico de longa data, Kevin Hassett, para assumir a presidência da Reserva Federal (FED). Este ex-presidente do Conselho de Consultores Económicos da Casa Branca e atual diretor do Conselho Econômico Nacional, tem uma relação que não precisa de mais palavras com Trump. O mercado já reagiu a isso — as taxas de juro a longo prazo têm vindo a descer, e alguns negociantes interpretam isso como um sinal de "expectativas de afrouxamento".

Mas os problemas também surgem.

Hassett expressou publicamente várias vezes este ano uma opinião divergente sobre o caminho de políticas do atual presidente Powell, tendo uma clara inclinação para um afrouxamento monetário mais agressivo. Se uma figura tão próxima do executivo estiver à frente da Reserva Federal (FED), será que este banco central, o mais influente do mundo, conseguirá manter a sua orgulhosa independência política?

Segundo relatos, os candidatos já entraram na fase final de entrevistas com o núcleo central, incluindo o vice-presidente Vance, e a nomeação pode ser anunciada antes do Natal. Esta "corrida pela presidência", que dura há meses, tornou-se o processo de transição de poder mais dramático em décadas.

Para o mercado de criptomoedas, isso não é apenas uma mudança de pessoal. Se o novo presidente realmente impulsionar um ciclo de redução de taxas de juros mais agressivo, a mudança no ambiente de liquidez pode remodelar toda a lógica de investimento de 2025. O desempenho do dólar, a precificação de ativos de risco e até mesmo o padrão de demanda por stablecoins podem, portanto, sofrer alterações.

Claro, também há outra possibilidade – o mercado já está a sobrestimar esta expectativa. Afinal, a estrutura de políticas da Reserva Federal (FED) tem a sua inércia; mesmo que haja uma mudança de pessoas, o mecanismo de decisão coletiva do FOMC( do Comitê Federal de Mercado Aberto) ainda existe. A verdadeira mudança, talvez, só se poderá ver após algumas reuniões de política monetária do novo presidente.

O que você acha? Onde está a linha entre a "independência" do Banco Central e a "flexibilidade da política"?