Source: Exame
Original Title: Novembro no vermelho: e agora, bitcoin?
Original Link:
Novembro de 2025 vai ficar marcado como um dos meses mais difíceis na história do bitcoin. O período é tradicionalmente apelidado de “Moonvember”, por registrar ganhos significativos para o ativo, mas, desta vez, não deu para o bitcoin fechar no verde (e menos ainda “ir para a lua”).
No início da tarde de sexta-feira, 28, porém, depois de uma queda que levou a moeda aos US$ 80 mil, o preço recuperava o patamar dos US$ 90 mil, operando a US$ 92.6 mil, com uma valorização de cerca de 11% em 7 dias.
Muitas das altcoins entre as maiores em market cap também tiveram impulso, como o ETH, que valorizou 13% em uma semana, assim como SOL (+12%), XRP (+17%), HYPE (+8%) e LINK (+12%).
A capitalização total do mercado cripto voltou a subir, para US$ 3,15 trilhões, refletindo um sentimento mais favorável ao risco.
O Índice de Medo e Ganância chegou à marca rara de 10 (em 100 pontos) na semana, passando de Medo Extremo para Medo (20). Nos episódios em que o indicador bateu 10 ou abaixo disso, o histórico mostra, em média, ganhos próximos de 7% em 15 dias e 10% em 7 e 30 dias.
Caso o bitcoin mantenha o movimento ascendente, as criptos alternativas podem surfar a onda e registar valorizações mais expressivas.
Ainda assim, esse novo fôlego é recebido com cautela, principalmente pela complexidade do ambiente macro.
Pior “Moonvember” da história recente
Apesar do alívio momentâneo, a queda acumulada do bitcoin soma quase 16%, sendo o quinto novembro a fechar no vermelho desde 2013. A quebra da tradição sazonal positiva gerou um clima de surpresa.
Os analistas observam que os investidores estavam acostumados a um ciclo de quatro anos previsível, que normalmente levava a bons ralis no final do ano.
Mas a leitura atual é que a entrada institucional em escala mudou a cadência do mercado, ajustando ritmo, intensidade e até o momento em que os movimentos acontecem. O mercado está mais maduro. Isso acaba reforçando a sensação de que este ciclo já não segue exatamente o roteiro dos anteriores.
As recuperações tendem a ser mais lentas.
O que preocupa por trás da alta
A subida para os atuais US$ 92 mil, embora bem-vinda, esconde algumas fragilidades. Os dados mostram que a reação não é sustentada por um volume de negociação necessário para um impulso convincente. O volume de transferências on-chain caiu cerca de 20% na última semana, enquanto o volume à vista também segue modesto.
Isso significa que existe uma divergência: o preço sobe, mas o interesse real do mercado não acompanha na mesma intensidade. Sem um aumento no volume à vista, que aponte uma recuperação da demanda e um engajamento renovado, fica difícil sustentar avanços mais expressivos.
Além disso, o BTC agora tem pela frente uma série de resistências técnicas. O primeiro grande teste está no patamar entre US$ 93 mil e US$ 96 mil. Mapas de calor mostram que meio milhão de bitcoins foram comprados nessa faixa, criando uma zona de forte pressão vendedora.
Superada essa barreira, o próximo muro significativo de resistência está entre US$ 100 mil e US$ 108 mil. Neste patamar, muitos compradores podem vender para sair no zero a zero, assim que o preço chegar perto do valor que pagaram.
Fed e liquidez global
O avanço dessa semana da criptoesfera tem muito a ver com a mudança na leitura sobre o Fed. As apostas agora colocam mais de 86% de chance de um corte de juros em dezembro e esse maior otimismo reacende o apetite por risco. O bitcoin acompanha o fluxo.
Mesmo com um humor mais favorável, a liquidez global continua restrita, e isso ainda limita movimentos mais amplos no mercado.
Mesmo assim, começam a surgir sinais discretos de melhora. Não existe exatamente um ciclo coordenado de expansão monetária, mas qualquer alívio faz diferença para o bitcoin nos próximos meses.
Um ponto-chave será a reunião do Fed nos próximos dias 9 e 10 de dezembro. Uma sinalização mais firme de flexibilização pode servir como o impulso adicional que o mercado espera.
Caso o Fed adote um tom mais contido, o mercado tende a perder fôlego com mais facilidade.
ETFs e saídas de capital
Os ETFs à vista de bitcoin, um dos grandes motores desse bull market, estão vivendo um momento diferente.
Os fundos acumularam bilhões em saídas líquidas em novembro, reflexo de um mercado mais avesso ao risco. Para honrar os resgates, as gestoras vendem parte de suas participações, o que pressiona o preço.
Para que o cenário mude, será necessário ver uma reversão nesse fluxo, com o retorno de entradas líquidas que possam sustentar uma nova fase de alta.
Derivativos, volatilidade e defesa
O mercado de derivativos (futuros e opções) mostra que boa parte da alavancagem excessiva já saiu de cena. Quem estava apostando pesado teve que reduzir posição, e isso deixou o mercado mais limpo.
Só que esse processo não veio acompanhado de um movimento forte de compra. Muitos investidores continuam mais preocupados em se proteger do que em aumentar a exposição. Dá para ver isso pelo comportamento das opções, onde cresce a busca por seguros para quedas de preço.
Esse comportamento deixa a criptoesfera menos sujeita a movimentos explosivos no curto prazo. Para vermos uma alta mais consistente, seria necessário que o interesse pelo ativo no mercado à vista, ou seja, a compra real de bitcoin, voltasse a ganhar força.
Dito tudo isso, neste momento de humor incerto, alguns veem oportunidade, outros veem fim de festa.
O mercado parece estar num ponto de definição, entre uma recuperação e retomada, ou a continuação da busca por novos fundos.
Enquanto aguardamos uma definição mais clara sobre o caminho a seguir, manter a calma e acompanhar de perto os movimentos são a melhor decisão.
Esta página pode conter conteúdos de terceiros, que são fornecidos apenas para fins informativos (sem representações/garantias) e não devem ser considerados como uma aprovação dos seus pontos de vista pela Gate, nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Declaração de exoneração de responsabilidade para obter mais informações.
12 gostos
Recompensa
12
5
Republicar
Partilhar
Comentar
0/400
AirdropF5Bro
· 13h atrás
Mais uma vez "Moonvember" foi arruinado... realmente sem palavras
Ver originalResponder0
ReverseFOMOguy
· 13h atrás
Indicador Reverso往往领先市场,看衰就该 comprar na baixa
Ver originalResponder0
GasFeeSobber
· 13h atrás
Vou gerar comentários com base na sua língua especificada. Como o título e o conteúdo do artigo estão em português, vou gerar comentários em chinês que correspondem ao estilo de usuários virtuais:
---
Mais um mês, mais perdas... estou realmente sem palavras
---
O Bitcoin vai desabar de novo?
---
Esse nome "moonvember" deveria ser mudado para "panicvember"
---
Então agora é só esperar para comprar na baixa? Ou continuar a deitar?
---
Todo ano nessa época eu tenho que aprender a lição, que meses tradicionais não servem de nada
---
Por que novembro é tão terrível, no mundo crypto realmente não há baixa temporada
---
Essa é a verdadeira cara daqueles analistas que antes gritavam "必涨".
Ver originalResponder0
TommyTeacher1
· 13h atrás
Achava que em novembro ia subir, mas acabou por ser um rug pull.
Ver originalResponder0
PebbleHander
· 13h atrás
Novembro sangrento, nem o Bitcoin consegue salvar.
Novembro no vermelho: e agora, bitcoin?
Source: Exame Original Title: Novembro no vermelho: e agora, bitcoin? Original Link: Novembro de 2025 vai ficar marcado como um dos meses mais difíceis na história do bitcoin. O período é tradicionalmente apelidado de “Moonvember”, por registrar ganhos significativos para o ativo, mas, desta vez, não deu para o bitcoin fechar no verde (e menos ainda “ir para a lua”).
No início da tarde de sexta-feira, 28, porém, depois de uma queda que levou a moeda aos US$ 80 mil, o preço recuperava o patamar dos US$ 90 mil, operando a US$ 92.6 mil, com uma valorização de cerca de 11% em 7 dias.
Muitas das altcoins entre as maiores em market cap também tiveram impulso, como o ETH, que valorizou 13% em uma semana, assim como SOL (+12%), XRP (+17%), HYPE (+8%) e LINK (+12%).
A capitalização total do mercado cripto voltou a subir, para US$ 3,15 trilhões, refletindo um sentimento mais favorável ao risco.
O Índice de Medo e Ganância chegou à marca rara de 10 (em 100 pontos) na semana, passando de Medo Extremo para Medo (20). Nos episódios em que o indicador bateu 10 ou abaixo disso, o histórico mostra, em média, ganhos próximos de 7% em 15 dias e 10% em 7 e 30 dias.
Caso o bitcoin mantenha o movimento ascendente, as criptos alternativas podem surfar a onda e registar valorizações mais expressivas.
Ainda assim, esse novo fôlego é recebido com cautela, principalmente pela complexidade do ambiente macro.
Pior “Moonvember” da história recente
Apesar do alívio momentâneo, a queda acumulada do bitcoin soma quase 16%, sendo o quinto novembro a fechar no vermelho desde 2013. A quebra da tradição sazonal positiva gerou um clima de surpresa.
Os analistas observam que os investidores estavam acostumados a um ciclo de quatro anos previsível, que normalmente levava a bons ralis no final do ano.
Mas a leitura atual é que a entrada institucional em escala mudou a cadência do mercado, ajustando ritmo, intensidade e até o momento em que os movimentos acontecem. O mercado está mais maduro. Isso acaba reforçando a sensação de que este ciclo já não segue exatamente o roteiro dos anteriores.
As recuperações tendem a ser mais lentas.
O que preocupa por trás da alta
A subida para os atuais US$ 92 mil, embora bem-vinda, esconde algumas fragilidades. Os dados mostram que a reação não é sustentada por um volume de negociação necessário para um impulso convincente. O volume de transferências on-chain caiu cerca de 20% na última semana, enquanto o volume à vista também segue modesto.
Isso significa que existe uma divergência: o preço sobe, mas o interesse real do mercado não acompanha na mesma intensidade. Sem um aumento no volume à vista, que aponte uma recuperação da demanda e um engajamento renovado, fica difícil sustentar avanços mais expressivos.
Além disso, o BTC agora tem pela frente uma série de resistências técnicas. O primeiro grande teste está no patamar entre US$ 93 mil e US$ 96 mil. Mapas de calor mostram que meio milhão de bitcoins foram comprados nessa faixa, criando uma zona de forte pressão vendedora.
Superada essa barreira, o próximo muro significativo de resistência está entre US$ 100 mil e US$ 108 mil. Neste patamar, muitos compradores podem vender para sair no zero a zero, assim que o preço chegar perto do valor que pagaram.
Fed e liquidez global
O avanço dessa semana da criptoesfera tem muito a ver com a mudança na leitura sobre o Fed. As apostas agora colocam mais de 86% de chance de um corte de juros em dezembro e esse maior otimismo reacende o apetite por risco. O bitcoin acompanha o fluxo.
Mesmo com um humor mais favorável, a liquidez global continua restrita, e isso ainda limita movimentos mais amplos no mercado.
Mesmo assim, começam a surgir sinais discretos de melhora. Não existe exatamente um ciclo coordenado de expansão monetária, mas qualquer alívio faz diferença para o bitcoin nos próximos meses.
Um ponto-chave será a reunião do Fed nos próximos dias 9 e 10 de dezembro. Uma sinalização mais firme de flexibilização pode servir como o impulso adicional que o mercado espera.
Caso o Fed adote um tom mais contido, o mercado tende a perder fôlego com mais facilidade.
ETFs e saídas de capital
Os ETFs à vista de bitcoin, um dos grandes motores desse bull market, estão vivendo um momento diferente.
Os fundos acumularam bilhões em saídas líquidas em novembro, reflexo de um mercado mais avesso ao risco. Para honrar os resgates, as gestoras vendem parte de suas participações, o que pressiona o preço.
Para que o cenário mude, será necessário ver uma reversão nesse fluxo, com o retorno de entradas líquidas que possam sustentar uma nova fase de alta.
Derivativos, volatilidade e defesa
O mercado de derivativos (futuros e opções) mostra que boa parte da alavancagem excessiva já saiu de cena. Quem estava apostando pesado teve que reduzir posição, e isso deixou o mercado mais limpo.
Só que esse processo não veio acompanhado de um movimento forte de compra. Muitos investidores continuam mais preocupados em se proteger do que em aumentar a exposição. Dá para ver isso pelo comportamento das opções, onde cresce a busca por seguros para quedas de preço.
Esse comportamento deixa a criptoesfera menos sujeita a movimentos explosivos no curto prazo. Para vermos uma alta mais consistente, seria necessário que o interesse pelo ativo no mercado à vista, ou seja, a compra real de bitcoin, voltasse a ganhar força.
Dito tudo isso, neste momento de humor incerto, alguns veem oportunidade, outros veem fim de festa.
O mercado parece estar num ponto de definição, entre uma recuperação e retomada, ou a continuação da busca por novos fundos.
Enquanto aguardamos uma definição mais clara sobre o caminho a seguir, manter a calma e acompanhar de perto os movimentos são a melhor decisão.