Web 3.0, também conhecida como Web3, representa uma nova plataforma de internet construída sobre a tecnologia blockchain - onde aplicações descentralizadas (dApps) podem evoluir e operar de forma independente. Diferente dos serviços online centralizados atualmente controlados por grandes corporações de Big Tech, a Web3 oferece uma abordagem mais transparente, segura e que permite acesso a serviços sem intermediários. Essa tecnologia, chamada de Web Descentralizada ou Web Semântica, devolve o controle às mãos dos usuários, dando-lhes responsabilidade pela proteção de seus dados e privacidade.
As dApps na plataforma Web 3.0 são desenvolvidas em redes blockchain renomadas como Ethereum, Polkadot, abrangendo diversas áreas - desde jogos blockchain até redes sociais descentralizadas, protocolos financeiros descentralizados (DeFi), NFTs e projetos de metaverso. Até 2022, a Web 3.0 ainda estava em fase inicial de desenvolvimento, mas novas aplicações continuam sendo exploradas pela comunidade e pelos desenvolvedores.
Embora baseada em tecnologia de registros distribuídos e contratos inteligentes, a Web3 ainda não se tornou uma tendência dominante na sociedade, mas os que acreditam nela veem que é uma forma de competir contra o domínio das Big Tech. Isso abrirá uma nova era de transparência, abertura e segurança na forma como usamos a internet e interagimos online.
O termo Web 3.0 foi criado pelo Dr. Gavin Wood, cofundador da Ethereum e fundador da Polkadot, em 2014. Ele visualiza a Web3 como uma solução para melhorar a confiabilidade da Internet Global, eliminando a dependência de grandes corporações privadas.
Principais vantagens da Web 3.0 em relação às versões anteriores
Descentralização - Plataforma da Web3
Construída sobre infraestrutura blockchain, as aplicações Web 3.0 operam de forma distribuída, sem permitir que qualquer entidade centralizada possua ou controle os dados dos usuários. Em vez disso, os usuários têm controle total sobre suas informações, reduzindo a possibilidade de monitoramento não autorizado ou abuso ao interagir com as dApps.
Sem Necessidade de Permissão - Acesso Democrático
O acesso aos serviços Web 3.0 é ampliado para todos de uma forma nunca antes possível com o modelo centralizado do Web 2.0. Na Web3, cada usuário, criador e organização tem oportunidades iguais - todos podem criar, usar, ganhar dinheiro e se beneficiar dos serviços de forma justa.
Sem Confiança - Transparência Absoluta
Ao invés de confiar em uma empresa de tecnologia que possui o serviço online na Web 2.0, as plataformas descentralizadas da Web3 oferecem uma interface totalmente transparente, sem necessidade de confiar em terceiros. As recompensas em tokens são projetadas para incentivar comportamentos ótimos de todos os participantes, eliminando a concentração de poder.
Pagamentos com Criptomoedas
Web3 funciona com criptomoedas como combustível econômico, ao invés de depender de moedas tradicionais e intermediários bancários. Com as criptomoedas, as transações na Web 3.0 tornam-se mais rápidas, baratas e peer-to-peer. Isso também torna a Web3 mais acessível para bilhões de pessoas ao redor do mundo sem contas bancárias tradicionais.
Alta Segurança e Privacidade
A tecnologia blockchain que suporta a Web3 oferece criptografia para aplicações, juntamente com a imutabilidade do registro distribuído. Contratos inteligentes usados para programar as dApps proporcionam maior nível de verificação e transparência no código, comparado às aplicações Web 2.0 convencionais.
Capacidade de Interação e Escalabilidade
A Web 3.0 foi projetada para maior interatividade, com capacidade de conexão fluida a diversos sistemas e tecnologias. Essa flexibilidade permite uma melhor escalabilidade da tecnologia, além de facilitar a transição de tecnologias antigas.
Resposta Inteligente e Visual
Um destaque da Web 3.0 é seu desenvolvimento paralelo com tecnologias emergentes como inteligência artificial (AI), aprendizado de máquina (ML) e processamento de linguagem natural (NLP). Isso possibilita aplicações Web 3.0 com experiências de uso intuitivas e eficientes desde o início.
Comparação entre Web 1.0, Web 2.0 e Web 3.0
Web 1.0 - Era de Somente Leitura
De seu lançamento em 1989-90 até 2004, a internet era vista principalmente como um serviço de leitura (read-only). Empresas e organizações criavam páginas de informação acessíveis, mas sem uma verdadeira noção de interação online. Web 1.0 era impulsionada por conteúdo estático acessível ao público.
Web 2.0 - Era de Leitura-Escrita
Em 2004, a internet mudou com o surgimento das redes sociais. Tornou-se um espaço onde os usuários não apenas consumiam informações, mas também interagiam, compartilhavam e se comunicavam com outros. Essa fase é conhecida como “read-write” (ler-escrever) na história da internet. As redes sociais mudaram significativamente a forma como as pessoas interagem online, permitindo compartilhar pensamentos e se comunicar ao invés de apenas consumir conteúdo.
No entanto, o crescimento do Web 2.0 também levou à concentração de poder em algumas grandes empresas. Essas controlam redes sociais e dados compartilhados pelos usuários, gerando preocupações sobre privacidade. O Web 2.0 começou em 2004 e continua até hoje, embora a conscientização sobre privacidade digital esteja aumentando.
Web 3.0 - Era de Leitura-Escrita-Propriedade
Cerca de uma década após o surgimento do Web 2.0, o público começou a perceber limitações desse modelo. Em 2014, a Web 3.0 foi proposta como a terceira geração da internet. Conhecida como fase “read-write-own” (ler-escrever-possuir), a Web3 permite propriedade de dados e acesso à internet de forma descentralizada, devolvendo poder às mãos das grandes plataformas e criando um espaço digital mais confiável.
Componentes que constroem a Web3 incluem tecnologia blockchain, criptomoedas e tokens não fungíveis (NFT) - todos projetados para atividades descentralizadas, sem necessidade de permissão, sem confiança e com maior transparência. Apesar do conceito de Web3 ter sido proposto em 2014, levou alguns anos para ganhar atenção ampla. Até 2022, a conscientização sobre seu potencial aumentou, embora seu alcance ainda seja limitado, e a desconfiança em relação aos sistemas Web 2.0 cresce.
Aplicações reais da Web 3.0
Finanças Descentralizadas (DeFi)
As finanças descentralizadas (DeFi) são uma das aplicações mais populares da Web3. Protocolos DeFi como Uniswap e Aave são desenvolvidos na blockchain, permitindo que usuários negociem, emprestem, tomem empréstimos e aumentem seus lucros com criptomoedas de forma peer-to-peer, sem depender de terceiros centralizados. O DeFi abriu portas para pessoas sem contas bancárias acessarem serviços financeiros, negociações, empréstimos e aumento de lucros.
Tokens Não Fungíveis (NFT)
Apesar do boom dos NFTs em 2021, o potencial real desse mercado ainda é grande. Desde a tokenização de ativos do mundo real até a concessão de propriedade criativa, os NFTs podem ser uma das principais bases da Web3. O setor de NFTs tem potencial para tornar a Web3 uma tendência dominante, apoiando transações, propriedade e gestão de ativos na blockchain, além de oferecer mais benefícios aos criadores de conteúdo.
GameFi - Tendência Play-to-Earn
A tendência Play-to-Earn (P2E) ganhou grande destaque em 2021, atraindo um número significativo de novos usuários para o setor de criptomoedas e ajudando a popularizar a Web3. A infraestrutura descentralizada da Web 3.0 é o ambiente onde jogos blockchain se desenvolvem, oferecendo recompensas aos jogadores com base no tempo e esforço investidos. Aplicações de jogos como Axie Infinity e STEPN são as mais populares no mercado Web 3.0 atualmente.
Metaverso - Mundo Virtual Descentralizado
Na prática, a internet descentralizada da Web 3.0 apoia projetos de metaverso. Construídos sobre blockchain, projetos pioneiros como The Sandbox e Decentraland oferecem formas revolucionárias de participar do mundo virtual. Seja jogando, comprando ou organizando eventos virtuais, as aplicações de metaverso ainda estão em expansão e possuem grande potencial futuro.
Redes Sociais Descentralizadas
Plataformas tradicionais de redes sociais impulsionaram a interação online no Web 2.0, mas também são a principal razão pela qual os consumidores desejam maior privacidade e segurança que a Web 3.0 oferece. Diferente das redes sociais centralizadas do Web 2.0, as redes sociais descentralizadas do Web3 não exigem dados do usuário nem os usam para fins de monetização por publicidade direcionada. Algumas redes sociais descentralizadas emergentes incluem Mastodon, Audius e Steem.
Armazenamento de Dados Descentralizado
Computação em nuvem é uma das maiores tecnologias salvadoras para empresas e consumidores. No entanto, armazenar dados sensíveis em infraestruturas centralizadas como AWS traz riscos, além de custos elevados de armazenamento na Web 2.0. A Web3 oferece serviços de armazenamento em nuvem criptografados, descentralizados, econômicos e mais acessíveis. Redes de dados descentralizadas da Web3 são suportadas pela tecnologia IPFS (Interplanetary File System), com custos menores para escalar. Filecoin e Storj são exemplos de projetos Web3 de armazenamento descentralizado usando blockchain.
Identidade Descentralizada
À medida que a adoção da Web3 cresce nos próximos anos, a identidade descentralizada terá crescimento exponencial. Diferente da identidade tradicional centralizada, a identidade descentralizada via carteira Web3 e outros protocolos permite login e acesso a todas as dApps na cadeia. A identidade descentralizada oferece maior controle e privacidade sobre informações pessoais, sendo mais difícil de hackear e eliminando a necessidade de criar contas separadas para cada serviço. Uma conta em carteiras Web3 como MetaMask ou Halo Wallet pode ser usada em centenas, até milhares de aplicações descentralizadas.
O que a Web 3.0 significa para investidores em crypto
A Web 3.0 é suportada por tecnologia blockchain - infraestrutura semelhante à que sustenta as criptomoedas. Tipos de moedas digitais e ativos como NFTs são usados para incentivar a produção de conteúdo criado pelos usuários na ecossistema Web3. Além de oferecer benefícios econômicos, a Web3 usa ativos digitais para descentralizar a governança.
Detentores de tokens têm direito a votar em uma DAO (Organização Autônoma Descentralizada), permitindo que tenham voz na operação e desenvolvimento de uma dApp específica. Essa tomada de decisão distribuída torna o processo mais transparente e democrático do que nos serviços Web 2.0 centralizados.
A criptomoeda democratiza a tomada de decisão entre os participantes da rede e abre caminho para a descentralização da propriedade. Diferente de entidades centralizadas de propriedade de uma empresa, os protocolos descentralizados pertencem aos usuários e interagem com eles. Ativos de criptomoedas permitem que os usuários estabeleçam essa propriedade através da emissão e gestão de tokens nativos. Para investidores em crypto, entender a Web 3.0 é fundamental, pois essa tecnologia pode desempenhar papel importante na formação do futuro da economia digital.
Web 3.0 - O futuro da internet?
A próxima onda da internet focará na criação, consumo de conteúdo e descoberta de seu valor. É aqui que redes descentralizadas apoiadas por blockchain e criptomoedas oferecem os casos de uso mais promissores, garantindo que cada serviço online seja atraente para manter e expandir, além de gerar valor mensurável para todos os envolvidos.
A Web3 oferece um modelo de interação muito mais avançado, onde empresas e usuários participam juntos e são recompensados por seus esforços. Diferente do Web 2.0 e Web 1.0, o potencial da internet aberta do Web3 para impulsionar a interação através de incentivos econômicos, propriedade descentralizada e governança distribuída pode tornar as dApps mais responsáveis e prepará-las para um crescimento sustentável.
A cada dia, a desconfiança e frustração dos usuários com a internet atual aumentam. Os usuários não querem mais confiar em intermediários centralizados que possam abusar do conteúdo e dados que criam. Com a Web 3.0, usuários e criadores recuperam o controle das mãos das entidades centralizadas que fornecem aplicações e serviços online. A Web3 certamente será o futuro da internet, o caminho que devemos seguir.
Pontos principais sobre Web 3.0
A Web 3.0 representa uma mudança significativa em relação à natureza centralizada da Web 1.0 e Web 2.0, criando um espaço na rede mais descentralizado, sem necessidade de permissão e sem confiança.
Pagamentos descentralizados com criptomoedas, maior segurança e privacidade, além de melhor escalabilidade, são características principais da Web 3.0.
A Web 3.0 abre diversas oportunidades incluindo DeFi, NFTs, GameFi, Metaverso, redes sociais descentralizadas, armazenamento descentralizado e identidade descentralizada.
Para investidores em crypto, compreender a Web 3.0 é fundamental, pois essa tecnologia pode moldar o futuro da economia digital.
Apesar de ainda estar em fase inicial, a Web 3.0 tem potencial para revolucionar a internet, colocando o usuário em foco, mais seguro, e transferindo o poder de governança para indivíduos e comunidades.
Esta página pode conter conteúdo de terceiros, que é fornecido apenas para fins informativos (não para representações/garantias) e não deve ser considerada como um endosso de suas opiniões pela Gate nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Isenção de responsabilidade para obter detalhes.
Internet Phi Tập Trung Web 3.0: De Blockchain Para o Controle de Dados dos Utilizadores
Compreender o que é Web 3.0
Web 3.0, também conhecida como Web3, representa uma nova plataforma de internet construída sobre a tecnologia blockchain - onde aplicações descentralizadas (dApps) podem evoluir e operar de forma independente. Diferente dos serviços online centralizados atualmente controlados por grandes corporações de Big Tech, a Web3 oferece uma abordagem mais transparente, segura e que permite acesso a serviços sem intermediários. Essa tecnologia, chamada de Web Descentralizada ou Web Semântica, devolve o controle às mãos dos usuários, dando-lhes responsabilidade pela proteção de seus dados e privacidade.
As dApps na plataforma Web 3.0 são desenvolvidas em redes blockchain renomadas como Ethereum, Polkadot, abrangendo diversas áreas - desde jogos blockchain até redes sociais descentralizadas, protocolos financeiros descentralizados (DeFi), NFTs e projetos de metaverso. Até 2022, a Web 3.0 ainda estava em fase inicial de desenvolvimento, mas novas aplicações continuam sendo exploradas pela comunidade e pelos desenvolvedores.
Embora baseada em tecnologia de registros distribuídos e contratos inteligentes, a Web3 ainda não se tornou uma tendência dominante na sociedade, mas os que acreditam nela veem que é uma forma de competir contra o domínio das Big Tech. Isso abrirá uma nova era de transparência, abertura e segurança na forma como usamos a internet e interagimos online.
O termo Web 3.0 foi criado pelo Dr. Gavin Wood, cofundador da Ethereum e fundador da Polkadot, em 2014. Ele visualiza a Web3 como uma solução para melhorar a confiabilidade da Internet Global, eliminando a dependência de grandes corporações privadas.
Principais vantagens da Web 3.0 em relação às versões anteriores
Descentralização - Plataforma da Web3
Construída sobre infraestrutura blockchain, as aplicações Web 3.0 operam de forma distribuída, sem permitir que qualquer entidade centralizada possua ou controle os dados dos usuários. Em vez disso, os usuários têm controle total sobre suas informações, reduzindo a possibilidade de monitoramento não autorizado ou abuso ao interagir com as dApps.
Sem Necessidade de Permissão - Acesso Democrático
O acesso aos serviços Web 3.0 é ampliado para todos de uma forma nunca antes possível com o modelo centralizado do Web 2.0. Na Web3, cada usuário, criador e organização tem oportunidades iguais - todos podem criar, usar, ganhar dinheiro e se beneficiar dos serviços de forma justa.
Sem Confiança - Transparência Absoluta
Ao invés de confiar em uma empresa de tecnologia que possui o serviço online na Web 2.0, as plataformas descentralizadas da Web3 oferecem uma interface totalmente transparente, sem necessidade de confiar em terceiros. As recompensas em tokens são projetadas para incentivar comportamentos ótimos de todos os participantes, eliminando a concentração de poder.
Pagamentos com Criptomoedas
Web3 funciona com criptomoedas como combustível econômico, ao invés de depender de moedas tradicionais e intermediários bancários. Com as criptomoedas, as transações na Web 3.0 tornam-se mais rápidas, baratas e peer-to-peer. Isso também torna a Web3 mais acessível para bilhões de pessoas ao redor do mundo sem contas bancárias tradicionais.
Alta Segurança e Privacidade
A tecnologia blockchain que suporta a Web3 oferece criptografia para aplicações, juntamente com a imutabilidade do registro distribuído. Contratos inteligentes usados para programar as dApps proporcionam maior nível de verificação e transparência no código, comparado às aplicações Web 2.0 convencionais.
Capacidade de Interação e Escalabilidade
A Web 3.0 foi projetada para maior interatividade, com capacidade de conexão fluida a diversos sistemas e tecnologias. Essa flexibilidade permite uma melhor escalabilidade da tecnologia, além de facilitar a transição de tecnologias antigas.
Resposta Inteligente e Visual
Um destaque da Web 3.0 é seu desenvolvimento paralelo com tecnologias emergentes como inteligência artificial (AI), aprendizado de máquina (ML) e processamento de linguagem natural (NLP). Isso possibilita aplicações Web 3.0 com experiências de uso intuitivas e eficientes desde o início.
Comparação entre Web 1.0, Web 2.0 e Web 3.0
Web 1.0 - Era de Somente Leitura
De seu lançamento em 1989-90 até 2004, a internet era vista principalmente como um serviço de leitura (read-only). Empresas e organizações criavam páginas de informação acessíveis, mas sem uma verdadeira noção de interação online. Web 1.0 era impulsionada por conteúdo estático acessível ao público.
Web 2.0 - Era de Leitura-Escrita
Em 2004, a internet mudou com o surgimento das redes sociais. Tornou-se um espaço onde os usuários não apenas consumiam informações, mas também interagiam, compartilhavam e se comunicavam com outros. Essa fase é conhecida como “read-write” (ler-escrever) na história da internet. As redes sociais mudaram significativamente a forma como as pessoas interagem online, permitindo compartilhar pensamentos e se comunicar ao invés de apenas consumir conteúdo.
No entanto, o crescimento do Web 2.0 também levou à concentração de poder em algumas grandes empresas. Essas controlam redes sociais e dados compartilhados pelos usuários, gerando preocupações sobre privacidade. O Web 2.0 começou em 2004 e continua até hoje, embora a conscientização sobre privacidade digital esteja aumentando.
Web 3.0 - Era de Leitura-Escrita-Propriedade
Cerca de uma década após o surgimento do Web 2.0, o público começou a perceber limitações desse modelo. Em 2014, a Web 3.0 foi proposta como a terceira geração da internet. Conhecida como fase “read-write-own” (ler-escrever-possuir), a Web3 permite propriedade de dados e acesso à internet de forma descentralizada, devolvendo poder às mãos das grandes plataformas e criando um espaço digital mais confiável.
Componentes que constroem a Web3 incluem tecnologia blockchain, criptomoedas e tokens não fungíveis (NFT) - todos projetados para atividades descentralizadas, sem necessidade de permissão, sem confiança e com maior transparência. Apesar do conceito de Web3 ter sido proposto em 2014, levou alguns anos para ganhar atenção ampla. Até 2022, a conscientização sobre seu potencial aumentou, embora seu alcance ainda seja limitado, e a desconfiança em relação aos sistemas Web 2.0 cresce.
Aplicações reais da Web 3.0
Finanças Descentralizadas (DeFi)
As finanças descentralizadas (DeFi) são uma das aplicações mais populares da Web3. Protocolos DeFi como Uniswap e Aave são desenvolvidos na blockchain, permitindo que usuários negociem, emprestem, tomem empréstimos e aumentem seus lucros com criptomoedas de forma peer-to-peer, sem depender de terceiros centralizados. O DeFi abriu portas para pessoas sem contas bancárias acessarem serviços financeiros, negociações, empréstimos e aumento de lucros.
Tokens Não Fungíveis (NFT)
Apesar do boom dos NFTs em 2021, o potencial real desse mercado ainda é grande. Desde a tokenização de ativos do mundo real até a concessão de propriedade criativa, os NFTs podem ser uma das principais bases da Web3. O setor de NFTs tem potencial para tornar a Web3 uma tendência dominante, apoiando transações, propriedade e gestão de ativos na blockchain, além de oferecer mais benefícios aos criadores de conteúdo.
GameFi - Tendência Play-to-Earn
A tendência Play-to-Earn (P2E) ganhou grande destaque em 2021, atraindo um número significativo de novos usuários para o setor de criptomoedas e ajudando a popularizar a Web3. A infraestrutura descentralizada da Web 3.0 é o ambiente onde jogos blockchain se desenvolvem, oferecendo recompensas aos jogadores com base no tempo e esforço investidos. Aplicações de jogos como Axie Infinity e STEPN são as mais populares no mercado Web 3.0 atualmente.
Metaverso - Mundo Virtual Descentralizado
Na prática, a internet descentralizada da Web 3.0 apoia projetos de metaverso. Construídos sobre blockchain, projetos pioneiros como The Sandbox e Decentraland oferecem formas revolucionárias de participar do mundo virtual. Seja jogando, comprando ou organizando eventos virtuais, as aplicações de metaverso ainda estão em expansão e possuem grande potencial futuro.
Redes Sociais Descentralizadas
Plataformas tradicionais de redes sociais impulsionaram a interação online no Web 2.0, mas também são a principal razão pela qual os consumidores desejam maior privacidade e segurança que a Web 3.0 oferece. Diferente das redes sociais centralizadas do Web 2.0, as redes sociais descentralizadas do Web3 não exigem dados do usuário nem os usam para fins de monetização por publicidade direcionada. Algumas redes sociais descentralizadas emergentes incluem Mastodon, Audius e Steem.
Armazenamento de Dados Descentralizado
Computação em nuvem é uma das maiores tecnologias salvadoras para empresas e consumidores. No entanto, armazenar dados sensíveis em infraestruturas centralizadas como AWS traz riscos, além de custos elevados de armazenamento na Web 2.0. A Web3 oferece serviços de armazenamento em nuvem criptografados, descentralizados, econômicos e mais acessíveis. Redes de dados descentralizadas da Web3 são suportadas pela tecnologia IPFS (Interplanetary File System), com custos menores para escalar. Filecoin e Storj são exemplos de projetos Web3 de armazenamento descentralizado usando blockchain.
Identidade Descentralizada
À medida que a adoção da Web3 cresce nos próximos anos, a identidade descentralizada terá crescimento exponencial. Diferente da identidade tradicional centralizada, a identidade descentralizada via carteira Web3 e outros protocolos permite login e acesso a todas as dApps na cadeia. A identidade descentralizada oferece maior controle e privacidade sobre informações pessoais, sendo mais difícil de hackear e eliminando a necessidade de criar contas separadas para cada serviço. Uma conta em carteiras Web3 como MetaMask ou Halo Wallet pode ser usada em centenas, até milhares de aplicações descentralizadas.
O que a Web 3.0 significa para investidores em crypto
A Web 3.0 é suportada por tecnologia blockchain - infraestrutura semelhante à que sustenta as criptomoedas. Tipos de moedas digitais e ativos como NFTs são usados para incentivar a produção de conteúdo criado pelos usuários na ecossistema Web3. Além de oferecer benefícios econômicos, a Web3 usa ativos digitais para descentralizar a governança.
Detentores de tokens têm direito a votar em uma DAO (Organização Autônoma Descentralizada), permitindo que tenham voz na operação e desenvolvimento de uma dApp específica. Essa tomada de decisão distribuída torna o processo mais transparente e democrático do que nos serviços Web 2.0 centralizados.
A criptomoeda democratiza a tomada de decisão entre os participantes da rede e abre caminho para a descentralização da propriedade. Diferente de entidades centralizadas de propriedade de uma empresa, os protocolos descentralizados pertencem aos usuários e interagem com eles. Ativos de criptomoedas permitem que os usuários estabeleçam essa propriedade através da emissão e gestão de tokens nativos. Para investidores em crypto, entender a Web 3.0 é fundamental, pois essa tecnologia pode desempenhar papel importante na formação do futuro da economia digital.
Web 3.0 - O futuro da internet?
A próxima onda da internet focará na criação, consumo de conteúdo e descoberta de seu valor. É aqui que redes descentralizadas apoiadas por blockchain e criptomoedas oferecem os casos de uso mais promissores, garantindo que cada serviço online seja atraente para manter e expandir, além de gerar valor mensurável para todos os envolvidos.
A Web3 oferece um modelo de interação muito mais avançado, onde empresas e usuários participam juntos e são recompensados por seus esforços. Diferente do Web 2.0 e Web 1.0, o potencial da internet aberta do Web3 para impulsionar a interação através de incentivos econômicos, propriedade descentralizada e governança distribuída pode tornar as dApps mais responsáveis e prepará-las para um crescimento sustentável.
A cada dia, a desconfiança e frustração dos usuários com a internet atual aumentam. Os usuários não querem mais confiar em intermediários centralizados que possam abusar do conteúdo e dados que criam. Com a Web 3.0, usuários e criadores recuperam o controle das mãos das entidades centralizadas que fornecem aplicações e serviços online. A Web3 certamente será o futuro da internet, o caminho que devemos seguir.
Pontos principais sobre Web 3.0
A Web 3.0 representa uma mudança significativa em relação à natureza centralizada da Web 1.0 e Web 2.0, criando um espaço na rede mais descentralizado, sem necessidade de permissão e sem confiança.
Pagamentos descentralizados com criptomoedas, maior segurança e privacidade, além de melhor escalabilidade, são características principais da Web 3.0.
A Web 3.0 abre diversas oportunidades incluindo DeFi, NFTs, GameFi, Metaverso, redes sociais descentralizadas, armazenamento descentralizado e identidade descentralizada.
Para investidores em crypto, compreender a Web 3.0 é fundamental, pois essa tecnologia pode moldar o futuro da economia digital.
Apesar de ainda estar em fase inicial, a Web 3.0 tem potencial para revolucionar a internet, colocando o usuário em foco, mais seguro, e transferindo o poder de governança para indivíduos e comunidades.