Na semana passada (de 1 a 5 de dezembro), o mercado cambial apresentou um cenário de fraqueza do dólar e valorização das moedas não americanas. O índice do dólar caiu 0,50%, sendo que o euro subiu 0,36%, o iene valorizou-se 0,53%, o dólar australiano teve a maior alta de 1,36%, e a libra esterlina também registrou um aumento de 0,74%. Os fatores por trás desta movimentação merecem uma análise aprofundada.
Expectativa de redução de juros pelo Federal Reserve aumenta, o euro/dólar pode aproveitar a oportunidade?
Catalisador de curto prazo: dados de emprego fracos preparam o terreno para corte de juros
O euro/dólar (EUR/USD) fechou a semana com alta de 0,36%, impulsionado principalmente pela crescente expectativa de que o Federal Reserve corte juros. Os dados de emprego de novembro nos EUA ficaram abaixo do esperado, com uma redução de 3,2 mil empregos, a maior desde março de 2023. Ao mesmo tempo, o índice de preços PCE de setembro amenizou as preocupações com a inflação, sinalizando um caminho favorável para a decisão de corte de juros em dezembro.
De acordo com os dados mais recentes da ferramenta FedWatch do CME, a probabilidade de o Federal Reserve cortar 25 pontos-base em 10 de dezembro atingiu 87,2%, e o mercado até prevê duas novas reduções até 2026.
Foco do mercado na próxima semana: gráfico de pontos e as declarações de Jerome Powell
O próximo ponto de inflexão será a divulgação do gráfico de pontos do Federal Reserve, o ajuste na quantidade de compras de ativos e as declarações do presidente Jerome Powell. Se o gráfico de pontos de dezembro indicar mais de duas reduções de juros até 2026, ou se o Fed anunciar um plano de compra de ativos acima do esperado, o mercado interpretará isso como uma postura dovish, pressionando ainda mais o dólar e impulsionando o euro/dólar.
Por outro lado, se o gráfico de pontos mostrar apenas uma redução de juros restante até 2026, e Jerome Powell adotar uma postura hawkish, o mercado verá isso como um sinal de aperto, fortalecendo o dólar e podendo pressionar o euro/dólar para baixo.
Perspectiva técnica: os touros ainda têm vantagem
Do ponto de vista técnico, o euro/dólar conseguiu romper a média móvel de 100 dias, o RSI continua em alta, indicando força dos compradores. Se a tendência de alta persistir, as resistências principais serão em 1,18 e no pico anterior de 1,1918. Caso haja uma correção de alta, os traders devem ficar atentos ao suporte na média móvel de 21 dias em 1,1593 e ao suporte anterior em 1,1491.
Expectativa de aumento de juros pelo Banco do Japão, o ritmo de valorização do iene pode acelerar?
Expectativa de aumento de juros se intensifica, mas a reação cambial é moderada
O dólar/iene (USD/JPY) caiu 0,53% na semana passada, com a expectativa de aumento de juros pelo Banco do Japão sendo o principal fator de impulso. Segundo a Reuters, o governo japonês indicou que tolerará ações de aumento de juros pelo banco central, além de sinais hawkish emitidos pelo governador Ueda. A expectativa de aumento de juros em dezembro já atingiu cerca de 90%.
Apesar do aumento na expectativa de juros, a valorização do iene foi surpreendentemente moderada. O USD/JPY permanece próximo de 155, e analistas acreditam que isso reflete uma visão pessimista do mercado quanto à diferença de taxas de juros reais de longo prazo entre Japão e EUA — mesmo com o aumento de juros no Japão, é difícil reduzir significativamente essa diferença.
Disputa de longo prazo entre inflação e política
A inflação no Japão deve continuar sob a política expansionista de Fumio Kishida, enquanto o mercado espera que o Banco do Japão aumente juros apenas uma vez até 2026, limitando o espaço para redução da diferença de taxas de juros entre os dois países. As divergências entre instituições sobre a tendência futura do iene também refletem essa complexidade: a Mizuho Securities prevê que o USD/JPY atingirá 158 no final do ano, enquanto a Nomura vê a possibilidade de chegar a 140.
Alerta técnico: níveis de suporte são cruciais
Tecnicamente, o USD/JPY quebrou a média móvel de 21 dias. Se continuar sob pressão abaixo dessa média, o espaço para queda se abrirá, com suporte em 153. Por outro lado, se conseguir retomar a média móvel de 21 dias, as chances de uma recuperação aumentam, com resistência em 157.
Dicas de negociação para a próxima semana
O foco do mercado será na decisão de juros do Federal Reserve e nos desdobramentos da crise Rússia-Ucrânia. Como o Banco Central Europeu já encerrou o ciclo de cortes de juros, o caminho de redução de juros do Federal Reserve para o próximo ano será especialmente importante para o câmbio euro/dólar. Além disso, a postura do Fed (hawkish ou dovish) influenciará diretamente o desempenho futuro do USD/JPY — ambiente hawkish favorece o dólar, enquanto dovish favorece o iene.
Para os gestores de fundos e investidores interessados no mercado japonês, as mudanças na diferença de juros entre o Banco do Japão e o Federal Reserve, decorrentes dos movimentos de aumento e redução de juros, serão uma referência importante na avaliação de estratégias de recomendação de fundos no Japão.
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A decisão do Federal Reserve está próxima, e a volatilidade no mercado cambial é inevitável!
Análise do Estado Atual do Mercado
Na semana passada (de 1 a 5 de dezembro), o mercado cambial apresentou um cenário de fraqueza do dólar e valorização das moedas não americanas. O índice do dólar caiu 0,50%, sendo que o euro subiu 0,36%, o iene valorizou-se 0,53%, o dólar australiano teve a maior alta de 1,36%, e a libra esterlina também registrou um aumento de 0,74%. Os fatores por trás desta movimentação merecem uma análise aprofundada.
Expectativa de redução de juros pelo Federal Reserve aumenta, o euro/dólar pode aproveitar a oportunidade?
Catalisador de curto prazo: dados de emprego fracos preparam o terreno para corte de juros
O euro/dólar (EUR/USD) fechou a semana com alta de 0,36%, impulsionado principalmente pela crescente expectativa de que o Federal Reserve corte juros. Os dados de emprego de novembro nos EUA ficaram abaixo do esperado, com uma redução de 3,2 mil empregos, a maior desde março de 2023. Ao mesmo tempo, o índice de preços PCE de setembro amenizou as preocupações com a inflação, sinalizando um caminho favorável para a decisão de corte de juros em dezembro.
De acordo com os dados mais recentes da ferramenta FedWatch do CME, a probabilidade de o Federal Reserve cortar 25 pontos-base em 10 de dezembro atingiu 87,2%, e o mercado até prevê duas novas reduções até 2026.
Foco do mercado na próxima semana: gráfico de pontos e as declarações de Jerome Powell
O próximo ponto de inflexão será a divulgação do gráfico de pontos do Federal Reserve, o ajuste na quantidade de compras de ativos e as declarações do presidente Jerome Powell. Se o gráfico de pontos de dezembro indicar mais de duas reduções de juros até 2026, ou se o Fed anunciar um plano de compra de ativos acima do esperado, o mercado interpretará isso como uma postura dovish, pressionando ainda mais o dólar e impulsionando o euro/dólar.
Por outro lado, se o gráfico de pontos mostrar apenas uma redução de juros restante até 2026, e Jerome Powell adotar uma postura hawkish, o mercado verá isso como um sinal de aperto, fortalecendo o dólar e podendo pressionar o euro/dólar para baixo.
Perspectiva técnica: os touros ainda têm vantagem
Do ponto de vista técnico, o euro/dólar conseguiu romper a média móvel de 100 dias, o RSI continua em alta, indicando força dos compradores. Se a tendência de alta persistir, as resistências principais serão em 1,18 e no pico anterior de 1,1918. Caso haja uma correção de alta, os traders devem ficar atentos ao suporte na média móvel de 21 dias em 1,1593 e ao suporte anterior em 1,1491.
Expectativa de aumento de juros pelo Banco do Japão, o ritmo de valorização do iene pode acelerar?
Expectativa de aumento de juros se intensifica, mas a reação cambial é moderada
O dólar/iene (USD/JPY) caiu 0,53% na semana passada, com a expectativa de aumento de juros pelo Banco do Japão sendo o principal fator de impulso. Segundo a Reuters, o governo japonês indicou que tolerará ações de aumento de juros pelo banco central, além de sinais hawkish emitidos pelo governador Ueda. A expectativa de aumento de juros em dezembro já atingiu cerca de 90%.
Apesar do aumento na expectativa de juros, a valorização do iene foi surpreendentemente moderada. O USD/JPY permanece próximo de 155, e analistas acreditam que isso reflete uma visão pessimista do mercado quanto à diferença de taxas de juros reais de longo prazo entre Japão e EUA — mesmo com o aumento de juros no Japão, é difícil reduzir significativamente essa diferença.
Disputa de longo prazo entre inflação e política
A inflação no Japão deve continuar sob a política expansionista de Fumio Kishida, enquanto o mercado espera que o Banco do Japão aumente juros apenas uma vez até 2026, limitando o espaço para redução da diferença de taxas de juros entre os dois países. As divergências entre instituições sobre a tendência futura do iene também refletem essa complexidade: a Mizuho Securities prevê que o USD/JPY atingirá 158 no final do ano, enquanto a Nomura vê a possibilidade de chegar a 140.
Alerta técnico: níveis de suporte são cruciais
Tecnicamente, o USD/JPY quebrou a média móvel de 21 dias. Se continuar sob pressão abaixo dessa média, o espaço para queda se abrirá, com suporte em 153. Por outro lado, se conseguir retomar a média móvel de 21 dias, as chances de uma recuperação aumentam, com resistência em 157.
Dicas de negociação para a próxima semana
O foco do mercado será na decisão de juros do Federal Reserve e nos desdobramentos da crise Rússia-Ucrânia. Como o Banco Central Europeu já encerrou o ciclo de cortes de juros, o caminho de redução de juros do Federal Reserve para o próximo ano será especialmente importante para o câmbio euro/dólar. Além disso, a postura do Fed (hawkish ou dovish) influenciará diretamente o desempenho futuro do USD/JPY — ambiente hawkish favorece o dólar, enquanto dovish favorece o iene.
Para os gestores de fundos e investidores interessados no mercado japonês, as mudanças na diferença de juros entre o Banco do Japão e o Federal Reserve, decorrentes dos movimentos de aumento e redução de juros, serão uma referência importante na avaliação de estratégias de recomendação de fundos no Japão.