Última semana no mercado cambial: o dólar enfraquece, o euro pode aproveitar a oportunidade?
Na semana passada (11/10-11/14), o mercado cambial apresentou diferentes dinâmicas, com o índice do dólar caindo 0,28% e as moedas não-americanas apresentando resultados divergentes. Especificamente, o euro subiu 0,46%, o dólar australiano 0,68%, a libra esterlina subiu ligeiramente 0,08%, enquanto o iene depreciou-se 0,73%.
Dentre esses, o desempenho do euro é o mais digno de atenção. Com dados de emprego nos EUA abaixo do esperado e o fim da crise do shutdown governamental, o par EUR/USD começou a mostrar uma tendência de alta. Que sinais estão por trás disso? O euro vai subir? A resposta talvez esteja na mudança nas expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve.
Mudança nas expectativas de corte de juros — os dados econômicos dos EUA são cruciais
O shutdown do governo dos EUA finalmente terminou. Na tarde de 12 de novembro, Trump assinou uma lei de financiamento provisório, encerrando o mais longo shutdown da história, que durou 43 dias. Com o governo reabrindo, o foco do mercado rapidamente se voltou para uma série de dados econômicos a serem divulgados.
Datas-chave se aproximam: em 20 de novembro será divulgado o relatório de empregos não agrícolas de setembro, e em 26 de novembro serão publicados simultaneamente o valor revisado do PIB do terceiro trimestre e o índice de preços PCE de outubro. Esses dados são essenciais para a decisão de corte de juros do Federal Reserve em dezembro.
Atualmente, as expectativas de corte de juros pelo Fed em dezembro diminuíram bastante. Segundo a ferramenta CME FedWatch, a probabilidade de um corte de 25 pontos base é de apenas 45,8%, enquanto a de manter as taxas inalteradas é de 54,2%. Essa mudança se deve principalmente às recentes sinalizações “hawkish” de membros do Fed.
Então, os dados podem reverter essa situação? Se o mercado de trabalho dos EUA continuar enfraquecendo, isso reforçará as expectativas de corte de juros em dezembro, pressionando o dólar para baixo e criando espaço para a alta do euro/dólar. Por outro lado, se os dados de emprego surpreenderem positivamente, isso reduzirá as expectativas de corte, beneficiando o dólar e pressionando o euro.
Perspectiva técnica: o euro consegue se firmar?
Do ponto de vista técnico, o euro/dólar já conseguiu superar a média móvel de 21 dias, mas ainda há resistência para uma alta mais forte. A média de 100 dias em 1,166 é uma resistência importante — se for rompida, pode abrir espaço para uma alta maior, mas, se não, o risco de recuo aumenta, com o suporte em torno de 1,146, que foi o ponto mais baixo recente.
Apreciação acelerada do iene e divergências na política do banco central
Ao contrário do euro, que vem se valorizando, o iene continua a depreciar-se após a posse do novo primeiro-ministro, Fumio Kishida. Na semana passada, o USD/JPY subiu 0,73%. Essa depreciação reflete as expectativas do mercado de que o governo de Kishida adotará uma política de “fiscal expansion” e “política monetária acomodatícia”.
Kishida anunciará um pacote de estímulo econômico nesta semana, com um valor de aproximadamente 17 trilhões de ienes. O Goldman Sachs alertou que, se o estímulo for maior que o esperado, as preocupações com a disciplina fiscal do Japão podem persistir, potencialmente elevando os rendimentos dos títulos soberanos a níveis recordes e continuando a pressionar o iene.
É importante notar que os órgãos relacionados ao Japão ainda não reforçaram sua postura de contenção na depreciação do iene. Segundo análise do Mitsubishi UFJ Morgan Stanley Securities, para evitar o esgotamento das reservas cambiais, os órgãos japoneses podem estar dispostos a tolerar o USD/JPY até cerca de 161.
No aspecto técnico, o USD/JPY está acima de múltiplas médias móveis, e o RSI indica força de alta. Nos próximos dias, pode tentar novamente a resistência em 155. Se falhar na ruptura, o risco de queda aumenta, com a média de 21 dias em 153,38 atuando como suporte.
Pontos de atenção nesta semana
Os principais focos desta semana são: os dados de emprego de setembro nos EUA, a ata da reunião do FOMC de outubro e os dados PMI de novembro na Europa e nos EUA. A estabilidade das expectativas de corte de juros do Fed determinará se a alta do euro continuará. Além disso, o tamanho do pacote de estímulo econômico do Japão também influenciará o movimento do USD/JPY.
Conclusão: O euro vai subir? A resposta depende da direção das expectativas de corte de juros do Fed. Se os dados econômicos dos EUA continuarem fracos e as expectativas de corte aumentarem, o euro terá suporte para subir. No curto prazo, a análise técnica ainda aponta para alta, mas a resistência em 1,166 é um ponto decisivo. Os investidores devem acompanhar de perto os dados desta semana e as declarações mais recentes dos membros do Fed.
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Sinal de inversão de corte de juros do Federal Reserve surge! A tendência futura do euro pode virar?
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Na semana passada (11/10-11/14), o mercado cambial apresentou diferentes dinâmicas, com o índice do dólar caindo 0,28% e as moedas não-americanas apresentando resultados divergentes. Especificamente, o euro subiu 0,46%, o dólar australiano 0,68%, a libra esterlina subiu ligeiramente 0,08%, enquanto o iene depreciou-se 0,73%.
Dentre esses, o desempenho do euro é o mais digno de atenção. Com dados de emprego nos EUA abaixo do esperado e o fim da crise do shutdown governamental, o par EUR/USD começou a mostrar uma tendência de alta. Que sinais estão por trás disso? O euro vai subir? A resposta talvez esteja na mudança nas expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve.
Mudança nas expectativas de corte de juros — os dados econômicos dos EUA são cruciais
O shutdown do governo dos EUA finalmente terminou. Na tarde de 12 de novembro, Trump assinou uma lei de financiamento provisório, encerrando o mais longo shutdown da história, que durou 43 dias. Com o governo reabrindo, o foco do mercado rapidamente se voltou para uma série de dados econômicos a serem divulgados.
Datas-chave se aproximam: em 20 de novembro será divulgado o relatório de empregos não agrícolas de setembro, e em 26 de novembro serão publicados simultaneamente o valor revisado do PIB do terceiro trimestre e o índice de preços PCE de outubro. Esses dados são essenciais para a decisão de corte de juros do Federal Reserve em dezembro.
Atualmente, as expectativas de corte de juros pelo Fed em dezembro diminuíram bastante. Segundo a ferramenta CME FedWatch, a probabilidade de um corte de 25 pontos base é de apenas 45,8%, enquanto a de manter as taxas inalteradas é de 54,2%. Essa mudança se deve principalmente às recentes sinalizações “hawkish” de membros do Fed.
Então, os dados podem reverter essa situação? Se o mercado de trabalho dos EUA continuar enfraquecendo, isso reforçará as expectativas de corte de juros em dezembro, pressionando o dólar para baixo e criando espaço para a alta do euro/dólar. Por outro lado, se os dados de emprego surpreenderem positivamente, isso reduzirá as expectativas de corte, beneficiando o dólar e pressionando o euro.
Perspectiva técnica: o euro consegue se firmar?
Do ponto de vista técnico, o euro/dólar já conseguiu superar a média móvel de 21 dias, mas ainda há resistência para uma alta mais forte. A média de 100 dias em 1,166 é uma resistência importante — se for rompida, pode abrir espaço para uma alta maior, mas, se não, o risco de recuo aumenta, com o suporte em torno de 1,146, que foi o ponto mais baixo recente.
Apreciação acelerada do iene e divergências na política do banco central
Ao contrário do euro, que vem se valorizando, o iene continua a depreciar-se após a posse do novo primeiro-ministro, Fumio Kishida. Na semana passada, o USD/JPY subiu 0,73%. Essa depreciação reflete as expectativas do mercado de que o governo de Kishida adotará uma política de “fiscal expansion” e “política monetária acomodatícia”.
Kishida anunciará um pacote de estímulo econômico nesta semana, com um valor de aproximadamente 17 trilhões de ienes. O Goldman Sachs alertou que, se o estímulo for maior que o esperado, as preocupações com a disciplina fiscal do Japão podem persistir, potencialmente elevando os rendimentos dos títulos soberanos a níveis recordes e continuando a pressionar o iene.
É importante notar que os órgãos relacionados ao Japão ainda não reforçaram sua postura de contenção na depreciação do iene. Segundo análise do Mitsubishi UFJ Morgan Stanley Securities, para evitar o esgotamento das reservas cambiais, os órgãos japoneses podem estar dispostos a tolerar o USD/JPY até cerca de 161.
No aspecto técnico, o USD/JPY está acima de múltiplas médias móveis, e o RSI indica força de alta. Nos próximos dias, pode tentar novamente a resistência em 155. Se falhar na ruptura, o risco de queda aumenta, com a média de 21 dias em 153,38 atuando como suporte.
Pontos de atenção nesta semana
Os principais focos desta semana são: os dados de emprego de setembro nos EUA, a ata da reunião do FOMC de outubro e os dados PMI de novembro na Europa e nos EUA. A estabilidade das expectativas de corte de juros do Fed determinará se a alta do euro continuará. Além disso, o tamanho do pacote de estímulo econômico do Japão também influenciará o movimento do USD/JPY.
Conclusão: O euro vai subir? A resposta depende da direção das expectativas de corte de juros do Fed. Se os dados econômicos dos EUA continuarem fracos e as expectativas de corte aumentarem, o euro terá suporte para subir. No curto prazo, a análise técnica ainda aponta para alta, mas a resistência em 1,166 é um ponto decisivo. Os investidores devem acompanhar de perto os dados desta semana e as declarações mais recentes dos membros do Fed.