A Teoria das Ondas é uma ferramenta clássica de análise técnica, mas muitos traders têm dúvidas sobre a sua utilidade prática. A Teoria das Ondas de Elliott é realmente precisa? Como aplicá-la corretamente no trading de forex? Este artigo irá responder a essas perguntas uma a uma.
Origem e conceitos centrais da Teoria das Ondas
Na década de 1920 a 1930, um analista chamado Ralph Nelson Elliott, após estudar 75 anos de dados históricos do mercado de ações, descobriu uma lei intrínseca do movimento do mercado: as oscilações de preço não são caóticas, mas seguem um padrão cíclico previsível.
Elliott percebeu que o psicológico coletivo dos participantes do mercado impulsiona os preços a se repetirem em formas de ondas fixas, fenômeno conhecido como “onda”. Este ciclo pode ser resumido como uma combinação alternada de “cinco ondas impulsivas” e “três ondas corretivas”. Com essa descoberta, os traders podem identificar pontos de reversão na tendência do mercado e prever os movimentos futuros de preço.
Estrutura básica da Teoria das Ondas: padrão 5-3
Em mercados de tendência, os preços de forex operam em um padrão de 5-3 ondas. Destas, as ondas que acompanham a tendência principal são chamadas de ondas impulsivas (contendo 5 ondas), enquanto as ondas contrárias à tendência principal são chamadas de ondas corretivas (contendo 3 ondas).
Um ciclo completo de alta inclui 8 ondas: 5 ondas de alta (1-2-3-4-5) mais 3 ondas de baixa (a-b-c). As ondas impulsivas são 1, 3, 5, a, c, e as ondas corretivas são 2, 4, b. Da mesma forma, um movimento de baixa também é composto por 5 ondas de baixa e 3 de alta, com as características invertidas.
Elliott observou um fenômeno interessante: quando a amplitude da onda corretiva é menor, a onda impulsiva tende a ser mais forte; e vice-versa. Essa dinâmica de energia em alternância constitui a base da dinâmica da teoria das ondas.
As três leis douradas da Teoria das Ondas
Para aplicar corretamente a teoria, os traders devem dominar três leis fundamentais, cuja violação invalidará a contagem de ondas:
Primeira lei: o ponto mais baixo da onda 2 não pode tocar o início da onda 1, caso contrário, toda a contagem é inválida.
Segunda lei: a onda 3 não pode ser a mais curta entre as três ondas impulsivas, ou seja, ondas 1 e 5 podem ser mais longas, mas não podem ambas exceder a amplitude da onda 3 ao mesmo tempo.
Terceira lei: o ponto mais baixo da onda 4 não pode estar acima do ponto mais alto da onda 1, pois isso causaria sobreposição entre as ondas 2 e 4, comprometendo a validade da contagem.
As três regras operacionais da Teoria das Ondas
Além das leis básicas, existem três regras operacionais importantes que ajudam os traders a fazer previsões precisas:
Quando a onda 3 é a mais longa, as amplitudes das ondas 1 e 5 tendem a ser semelhantes.
As ondas corretivas 2 e 4 apresentam um padrão de alternância: se a onda 2 for uma correção rápida e íngreme, a onda 4 será uma consolidação mais suave; e vice-versa.
Após as cinco ondas impulsivas, as ondas corretivas abc geralmente terminam na região do ponto mais baixo da onda 4.
Quatro aplicações principais da Teoria das Ondas no trading
Aplicação 1: Assim que a onda 4 terminar, o operador pode imediatamente prever o movimento da onda 5, sendo este o ponto mais prático para operar com a teoria das ondas.
Aplicação 2: Usar as características da onda 2 para determinar a natureza da onda 4. Se a onda 2 tiver uma queda acentuada, indica que a onda 4 será uma movimentação suave; se a onda 2 for uma correção lenta, a onda 4 poderá recuar abruptamente.
Aplicação 3: Estimar o ponto final da próxima onda 1 com base na finalização da onda corretiva da última onda 1.
Aplicação 4: Em uma tendência de alta clara, o fundo da próxima onda 1 estará próximo ao ponto baixo da onda 4; em uma tendência de baixa, próximo ao ponto alto da onda 4.
Precisão da Teoria das Ondas: limitações na prática
Embora a teoria das ondas ofereça uma estrutura analítica sistemática, ela não funciona em todos os ambientes de mercado. Na prática, as ondas frequentemente terminam na terceira ou quarta onda, sem completar o ciclo completo de 8 ondas.
Por isso, a contagem de ondas deve seguir as regras mencionadas — ao começar a contar, se as ondas não atenderem às leis de ouro e às regras operacionais, elas são inválidas, e a contagem deve ser reiniciada.
Assim, a teoria das ondas deve ser vista como uma ferramenta auxiliar, e não uma regra absoluta. Traders bem-sucedidos geralmente combinam sua aplicação com outros indicadores técnicos e análise fundamental para aumentar a precisão de suas decisões.
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A teoria das ondas é realmente útil nas negociações de câmbio? Guia completo da teoria de Elliott
A Teoria das Ondas é uma ferramenta clássica de análise técnica, mas muitos traders têm dúvidas sobre a sua utilidade prática. A Teoria das Ondas de Elliott é realmente precisa? Como aplicá-la corretamente no trading de forex? Este artigo irá responder a essas perguntas uma a uma.
Origem e conceitos centrais da Teoria das Ondas
Na década de 1920 a 1930, um analista chamado Ralph Nelson Elliott, após estudar 75 anos de dados históricos do mercado de ações, descobriu uma lei intrínseca do movimento do mercado: as oscilações de preço não são caóticas, mas seguem um padrão cíclico previsível.
Elliott percebeu que o psicológico coletivo dos participantes do mercado impulsiona os preços a se repetirem em formas de ondas fixas, fenômeno conhecido como “onda”. Este ciclo pode ser resumido como uma combinação alternada de “cinco ondas impulsivas” e “três ondas corretivas”. Com essa descoberta, os traders podem identificar pontos de reversão na tendência do mercado e prever os movimentos futuros de preço.
Estrutura básica da Teoria das Ondas: padrão 5-3
Em mercados de tendência, os preços de forex operam em um padrão de 5-3 ondas. Destas, as ondas que acompanham a tendência principal são chamadas de ondas impulsivas (contendo 5 ondas), enquanto as ondas contrárias à tendência principal são chamadas de ondas corretivas (contendo 3 ondas).
Um ciclo completo de alta inclui 8 ondas: 5 ondas de alta (1-2-3-4-5) mais 3 ondas de baixa (a-b-c). As ondas impulsivas são 1, 3, 5, a, c, e as ondas corretivas são 2, 4, b. Da mesma forma, um movimento de baixa também é composto por 5 ondas de baixa e 3 de alta, com as características invertidas.
Elliott observou um fenômeno interessante: quando a amplitude da onda corretiva é menor, a onda impulsiva tende a ser mais forte; e vice-versa. Essa dinâmica de energia em alternância constitui a base da dinâmica da teoria das ondas.
As três leis douradas da Teoria das Ondas
Para aplicar corretamente a teoria, os traders devem dominar três leis fundamentais, cuja violação invalidará a contagem de ondas:
Primeira lei: o ponto mais baixo da onda 2 não pode tocar o início da onda 1, caso contrário, toda a contagem é inválida.
Segunda lei: a onda 3 não pode ser a mais curta entre as três ondas impulsivas, ou seja, ondas 1 e 5 podem ser mais longas, mas não podem ambas exceder a amplitude da onda 3 ao mesmo tempo.
Terceira lei: o ponto mais baixo da onda 4 não pode estar acima do ponto mais alto da onda 1, pois isso causaria sobreposição entre as ondas 2 e 4, comprometendo a validade da contagem.
As três regras operacionais da Teoria das Ondas
Além das leis básicas, existem três regras operacionais importantes que ajudam os traders a fazer previsões precisas:
Quatro aplicações principais da Teoria das Ondas no trading
Aplicação 1: Assim que a onda 4 terminar, o operador pode imediatamente prever o movimento da onda 5, sendo este o ponto mais prático para operar com a teoria das ondas.
Aplicação 2: Usar as características da onda 2 para determinar a natureza da onda 4. Se a onda 2 tiver uma queda acentuada, indica que a onda 4 será uma movimentação suave; se a onda 2 for uma correção lenta, a onda 4 poderá recuar abruptamente.
Aplicação 3: Estimar o ponto final da próxima onda 1 com base na finalização da onda corretiva da última onda 1.
Aplicação 4: Em uma tendência de alta clara, o fundo da próxima onda 1 estará próximo ao ponto baixo da onda 4; em uma tendência de baixa, próximo ao ponto alto da onda 4.
Precisão da Teoria das Ondas: limitações na prática
Embora a teoria das ondas ofereça uma estrutura analítica sistemática, ela não funciona em todos os ambientes de mercado. Na prática, as ondas frequentemente terminam na terceira ou quarta onda, sem completar o ciclo completo de 8 ondas.
Por isso, a contagem de ondas deve seguir as regras mencionadas — ao começar a contar, se as ondas não atenderem às leis de ouro e às regras operacionais, elas são inválidas, e a contagem deve ser reiniciada.
Assim, a teoria das ondas deve ser vista como uma ferramenta auxiliar, e não uma regra absoluta. Traders bem-sucedidos geralmente combinam sua aplicação com outros indicadores técnicos e análise fundamental para aumentar a precisão de suas decisões.