Às três da manhã, um braço mecânico de uma fábrica inteligente acabara de completar a centésima milésima ação de apertar parafusos, e no segundo seguinte sua conta digital recebeu 0,05 moeda — este dinheiro veio da liquidação automática dos processos a montante da linha de produção. Parece mágico? Mas este é o cenário real que um projeto de pagamento da internet das coisas está a implementar.
Muitas pessoas podem achar que "máquinas que recebem dinheiro sozinhas" é apenas uma moda, mas se você investigar mais a fundo, perceberá que, na verdade, está resolvendo um problema antigo que atormenta a indústria há décadas.
Quão lenta é a liquidação da cadeia de suprimentos tradicional? Desde a chegada da matéria-prima na fábrica até o recebimento do pagamento, o mais rápido leva um mês, enquanto o mais lento pode demorar três trimestres. Este sistema de confiança baseado em "trabalhar primeiro e acertar depois" parece ser um problema de processo, mas na verdade é uma completa desconexão entre o fluxo de informação e o fluxo de capital — cada etapa registra suas próprias contas, e quando chega o final do mês para a conciliação, os dados já não batem. O que é ainda mais crítico é que um pequeno atraso a montante, quando transmitido por várias camadas, pode se transformar em uma crise de desabastecimento a jusante, conhecido como o famoso "efeito chicote" na cadeia de suprimentos. As empresas investem grandes quantias em sistemas ERP, e acabam descobrindo que isso não resolve o problema fundamental.
Qual é a nova ideia? Fazer com que os próprios equipamentos de produção se tornem nós de liquidação. Cada sensor, cada braço mecânico, cada robô de transporte possui uma carteira digital, e cada vez que realiza uma ação, uma liquidação é feita em tempo real. Assim, os dados de produção e o fluxo de capital ocorrem simultaneamente, não havendo necessidade de conciliação no final do mês, nem se preocupar com algum ponto que de repente fique preso - porque cada transação tem um registro na cadeia, sendo transparente e imutável.
A imaginação desta rede de micropagamentos vai muito além das fábricas. Imagine: caminhões autônomos que, ao passar por cada praça de pedágio na autoestrada, são cobrados automaticamente, estações de armazenamento compartilhadas que liquidam com base na quantidade de eletricidade em tempo real a cada segundo, até mesmo a sua geladeira inteligente que, ao detectar que o leite está acabando, faz o pedido e realiza o pagamento automaticamente - toda essa lógica subjacente é a mesma: tornar a granularidade da transmissão de valor suficientemente fina e o tempo de liquidação suficientemente curto.
Claro, se esse sistema pode funcionar ou não, depende de duas questões principais: primeiro, se a rede pode suportar uma quantidade massiva de microtransações sem colapsar; segundo, se os diversos participantes estão dispostos a aderir a essas novas regras. No nível técnico, isso já não é o maior obstáculo; o verdadeiro desafio é persuadir os jogadores na cadeia produtiva tradicional a abandonarem o antigo sistema. Afinal, mudar hábitos é sempre mais difícil do que atualizar a tecnologia.
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ConsensusBot
· 12-02 06:46
As máquinas ganham dinheiro sozinhas, parece absurdo, mas na verdade é a liquidação na cadeia. Esta coisa realmente pode resolver uma série de problemas na cadeia de fornecimento.
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WalletInspector
· 12-02 06:44
A questão de ganhar dinheiro com máquinas soa impressionante, mas realmente pode ser viável?
A liquidação na cadeia é em segundos, mas na realidade ainda temos que esperar a aprovação das pessoas.
O efeito chicote é bem falado, mas os senhores da cadeia de fornecimento vão aceitar isso?
A Rede de pagamento de micropagamento parece ótima, mas tenho medo de que se torne mais um projeto inacabado.
Esse sistema de o frigorífico fazer pedidos sozinho... primeiro deixa o meu funcionar normalmente antes de falarmos sobre isso.
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BlockchainBouncer
· 12-02 06:23
Bots a receber moeda soa bastante explosivo, mas a verdadeira implementação depende da disposição da indústria tradicional para colaborar.
Às três da manhã, um braço mecânico de uma fábrica inteligente acabara de completar a centésima milésima ação de apertar parafusos, e no segundo seguinte sua conta digital recebeu 0,05 moeda — este dinheiro veio da liquidação automática dos processos a montante da linha de produção. Parece mágico? Mas este é o cenário real que um projeto de pagamento da internet das coisas está a implementar.
Muitas pessoas podem achar que "máquinas que recebem dinheiro sozinhas" é apenas uma moda, mas se você investigar mais a fundo, perceberá que, na verdade, está resolvendo um problema antigo que atormenta a indústria há décadas.
Quão lenta é a liquidação da cadeia de suprimentos tradicional? Desde a chegada da matéria-prima na fábrica até o recebimento do pagamento, o mais rápido leva um mês, enquanto o mais lento pode demorar três trimestres. Este sistema de confiança baseado em "trabalhar primeiro e acertar depois" parece ser um problema de processo, mas na verdade é uma completa desconexão entre o fluxo de informação e o fluxo de capital — cada etapa registra suas próprias contas, e quando chega o final do mês para a conciliação, os dados já não batem. O que é ainda mais crítico é que um pequeno atraso a montante, quando transmitido por várias camadas, pode se transformar em uma crise de desabastecimento a jusante, conhecido como o famoso "efeito chicote" na cadeia de suprimentos. As empresas investem grandes quantias em sistemas ERP, e acabam descobrindo que isso não resolve o problema fundamental.
Qual é a nova ideia? Fazer com que os próprios equipamentos de produção se tornem nós de liquidação. Cada sensor, cada braço mecânico, cada robô de transporte possui uma carteira digital, e cada vez que realiza uma ação, uma liquidação é feita em tempo real. Assim, os dados de produção e o fluxo de capital ocorrem simultaneamente, não havendo necessidade de conciliação no final do mês, nem se preocupar com algum ponto que de repente fique preso - porque cada transação tem um registro na cadeia, sendo transparente e imutável.
A imaginação desta rede de micropagamentos vai muito além das fábricas. Imagine: caminhões autônomos que, ao passar por cada praça de pedágio na autoestrada, são cobrados automaticamente, estações de armazenamento compartilhadas que liquidam com base na quantidade de eletricidade em tempo real a cada segundo, até mesmo a sua geladeira inteligente que, ao detectar que o leite está acabando, faz o pedido e realiza o pagamento automaticamente - toda essa lógica subjacente é a mesma: tornar a granularidade da transmissão de valor suficientemente fina e o tempo de liquidação suficientemente curto.
Claro, se esse sistema pode funcionar ou não, depende de duas questões principais: primeiro, se a rede pode suportar uma quantidade massiva de microtransações sem colapsar; segundo, se os diversos participantes estão dispostos a aderir a essas novas regras. No nível técnico, isso já não é o maior obstáculo; o verdadeiro desafio é persuadir os jogadores na cadeia produtiva tradicional a abandonarem o antigo sistema. Afinal, mudar hábitos é sempre mais difícil do que atualizar a tecnologia.